Uma missão da União Europeia estará em Goiás a partir desta quarta-feira (7) para uma visita a propriedades aptas a produzir carne para a exportações para países da União Europeia. O objetivo é checar, mais uma vez, como o trabalho de rastreabilidade está sendo conduzido no Brasil e se as condições sanitárias se enquadram às exigências do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Atualmente, oito estados exportam carne bovina para a UE, sendo Goiás o primeiro da lista, com o maior número de confinamentos.
“A missão da UE faz uma auditoria no Estabelecimento Rural Aprovado pelo Sisbov (ERAS), e checa se as condições da propriedade atendem o que prevê a instrução normativa n° 17/2006, afirma Silvânia Reis, coodenadora do SISBOV, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (AGRODEFESA), que desde 2008 coordena os trabalhos de auditorias nas propriedades exportadoras.
Rastreabilidade é o monitoramento do animal por meio de informações registradas individualmente que permitem identificar a origem deste e que, em território nacional, está a cargo do SISBOV, instituído pelo Ministério da Agricultura e regida pela Instrução Normativa 17/2006, que conceitua o sistema como o conjunto medidas e procedimentos adotados para caracterizar a origem, o estado sanitário, a produção e a produtividade da pecuária nacional, e a segurança dos alimentos provenientes desta exploração econômica.
Os inspetores Javier Tellechea, Pauline Stanley e Karsten Giffey visitarão a Fazenda Conforto, em Nova Crixás, na quinta-feira, 08, e a Fazenda Floresta, em Nazário, na segunda-feira, 12, daí seguindo para Minas Gerais. Em Goiás estarão acompanhados de representantes do Ministério da Agricultura e de Certificadoras (entidades governamentais ou privadas responsáveis pela caracterização das propriedades rurais), e de uma equipe da AGRODEFESA composta de quatro médicos veterinários, da Gerência de Sanidade Animal (GESAN), SISBOV, da Unidade Operacional Local onde está localizada a propriedade.
Basicamente, a missão terá dois momentos a campo: a checagem do rebanho, onde os animais são conduzidos ao curral para inspeção, contagem, leitura de brincos, presença e ou perdas dos mesmos, e a checagem documental, que está relacionada com a conferência e confronto dos documentos da propriedade com os dados do MAPA e da AGRODEFESA. Neste sentido é verificado também o transito dos animais, por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA).
“Nossa expectativa é que sejamos aprovados pela quarta vez consecutiva, pois hoje toda a cadeia responsável pelo Sistema é participativa e amadureceu com as atividades, tornando as ações que antes eram extremamente complicadas em ações mais diretas e práticas”, adianta Silvânia.
A visita de missões da União Europeia ao País são realizadas anualmente desde 2008, geralmente nos meses de março.O resultado é anunciado pelos inspetores ao Ministério da Agricultura no período final da visita e habilitam os diferentes estados a continuarem exportando a carne bovina para a União Europeia. “Sendo este resultado positivo para Goiás, colabora para o aumento das exportações do produto, já que é um forte indicativo de que houve uma checagem minuciosa e atendimento às exigências dos 27 países que compõem a União Europeia”, conclui Silvânia.
Missão da União Europeia inspeciona fazendas goianas
Por Eduardo Candido 07 Março 2012 Publicado em Comercio
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