O Hospital Universitário de Uppsala, na Suécia, confirmou que 33 mulheres tiveram seus úteros removidos em razão de um diagnóstico de câncer.
A falha da instituição, aconteceu entre entre 2023 e 2024 e envolveu histerectomias – cirurgia ginecológica que consiste na remoção do útero, podendo ser parcial ou total – desnecessárias, além de gerar questionamentos sobre a precisão diagnóstica e a qualidade dos procedimentos médicos realizados no hospital.
De acordo com as autoridades hospitalares, os erros ocorreram devido a uma abordagem diagnóstica muito específica. As pacientes, com idades entre 38 e 85 anos, receberam diagnósticos de alterações celulares suspeitas de malignidade, o que levou à decisão de remover seus úteros. No entanto, mais tarde foi descoberto que as intervenções poderiam ter sido evitadas.
Johan Lugnegård, chefe médico do hospital, expressou profundo pesar pelo ocorrido e descobriu o impacto físico e psicológico sobre as mulheres afetadas.
A situação gerou uma revisão dos processos de diagnóstico e tratamento no hospital. Com o objetivo de minimizar os impactos causos, a instituição irá compensar financeiramente as pacientes que passaram pelo procedimento sem necessidade.
Após o incidente, o Hospital Universitário de Uppsala anunciou medidas para prevenir novos casos de sobrediagnóstico, entre elas: uma revisão de práticas diagnósticas e de protocolos de tratamento.
Essa iniciativa visa restaurar a confiança na instituição e fortalecer a segurança dos pacientes. Além disso, o hospital pretende intensificar o treinamento da equipe médica e atualizará seus protocolos para garantir a precisão dos diagnósticos.
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