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Graviola goiana busca espaço no mercado com acompanhamento do Senar Goiás

Por Lucas Silva 28 Fevereiro 2024 Publicado em Estado
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Lavoura com 1.300 plantas é uma das poucas do estado e deve atingir 30 toneladas neste ano. O crescimento de 20% vem com adoção do manejo orientado pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Goiás

 

Casca verde, com protuberância semelhante a espinhos, a polpa clara e macia, com sabor doce e levemente ácido. A graviola é nativa das regiões tropicais das Américas e do Caribe. No Brasil, é mais comum nas regiões Norte e Nordeste da região amazônica. A fruta exótica tem muitas propriedades benéficas à saúde, além de baixa caloria (62 calorias a cada 100 gramas), as fibras presentes dão maior sensação de saciedade. É fonte de cálcio, magnésio, manganês e potássio, além de vitaminas B1, B2, B6.

 

Ainda há relatos de que a fruta ajuda na saúde do coração, diminui a insônia, a pressão arterial, alivia problemas causados por doenças no estômago como úlceras, gastrites, dores causadas por reumatismo, osteoporose e combate o envelhecimento precoce.

 

Em 1995, um estudo de uma universidade norte-americana apontou que o chá da folha de graviola inibiu a proliferação de células de câncer de cólon, porém, o estudo foi realizado a partir de amostras in vitro, ou seja, fora de um organismo vivo, em laboratório. Mesmo não havendo comprovações científicas, a planta e a fruta passaram a ser muito procuradas por pacientes oncológicos. Os médicos alertam que ela pode ser sim consumida, que as propriedades são benéficas, só não pode ser usada como único tratamento.

 

Diante do tanto que se fala da graviola e do crescimento da procura por ela, Renato Oscarino Prado passou a vendê-la na L.A.R., distribuidora de frutas que ele tem no Jardim Guanabara, em Goiânia. Inicialmente, ele comprava de um produtor na região de Gameleira, a cerca de 95 quilômetros da capital. Há quase dois anos, o dono da fazenda decidiu se dedicar à produção de leite. Pensando em extinguir o pomar, foi aí que o comerciante resolveu arrendar a propriedade e conduzir o cultivo. O manejo exige paciência.

 

“A planta de graviola é muito atacada por brocas, são três, que atingem o tronco, o fruto e a semente. Então, nós temos que ter muito cuidado para fazer esse combate para eliminar as brocas, mas não os besourinhos responsáveis pela polinização. Nós fazemos esse trabalho em planta por planta de forma manual. Eu e meus sócios, Damião e Anderson, que realizamos esse trabalho. Mas claro, não aprendemos sozinhos. Nós contamos com a consultoria do Senar Goiás. O Lucas Markezan faz a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para nós”, conta.

 

O Senar Goiás está na Fazenda Dom Bosco desde 2021. Os 1.300 pés que compõem a plantação têm de 10 a 15 anos. O cultivo começou por acaso, quando seu João, o dono da propriedade, ganhou seis graviolas e a esposa dele se apaixonou pelo sabor da fruta. Com as sementes delas, eles começaram o cultivo. O casal foi o primeiro a ter o acompanhamento da Assistência Técnica e Gerencial (AteG) na área de Fruticultura com o técnico Lucas Marquezan.

 

“Quando cheguei, o espaçamento entre as plantas foi uma grande dificuldade. A cultura foi implantada sem orientação técnica, acabou que o plantio foi um pouco adensado e por isso dificultou muitos tratos culturais na época. Não sendo possível entrar maquinários em muitas áreas. A gente começou inicialmente com podas para poder diminuir um pouco a altura das plantas, para poder facilitar o manejo. Posteriormente, a gente teve muitos problemas com a questão fitossanitária, especialmente com brocas. É uma planta que é atacada por três espécies diferentes de insetos, que vão atacar o fruto e a planta também, e esses insetos não têm produtos registrados especificamente para a graviola. Então, acaba que nós temos que utilizar métodos alternativos. Alguns produtos já têm uma certa aceitação pelo Ministério da Agricultura e sempre respeitando a carência para não ter nenhum tipo de contaminação”, explica Lucas.

 

Outro desafio foi durante a coleta das frutas. “Por ser uma fruta que quando está no ponto de colheita não tem uma coloração tão diferente, ela continua esverdeada por fora, acabou que a gente teve muitos problemas com frutos que eram colhidos imaturos demais. Já os frutos que já estavam no ponto, eles ficavam para outra semana ou para outra colheita e ficavam perdidos no pomar. E isso atrapalhava a questão fitossanitária, porque o fruto contribui com o aparecimento de outros insetos e cada vez mais piorava a sanidade. Então, a gente teve que educar o coletor para poder saber exatamente o ponto de coleta”, relembra o técnico de campo.

 

Comunicação Sistema Faeg/Senar/ifag

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