Na manhã de hoje (9) a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) divulgou nota se posicionando contra “a criação de qualquer tipo de taxação do setor [agro]”, além de afirmar que não faz e não fará parte da comissão de análise do projeto.
A federação explica que o posicionamento vem em razão da necessidade de cautela na realidade do campo. Os custos de produção tem se elevado cada vez mais e os produtores têm tido trabalho para não operar com prejuízo. Sendo assim, uma cobrança de impostos seria inviabilizadora, gerando índices de desemprego e colocando uma ‘mão na roda’ do desenvolvimento do estado e país.
Segundo a FAEG é sabido a necessidade de investimentos na infraestrutura do estado, porém este não é o momento de se avaliar a aplicação de novos custos ao agro, e sim em estímulos para a produção.
A TAXAÇÃO
A proposta de taxação foi feita nesta segunda-feira (7) pelo governador Ronaldo Caiado durante reunião com entidades do agro. Segundo ele, o objetivo do projeto é compensar as perdas de arrecadação com o corte na alíquota de ICMS dos combustíveis, energia elétrica e comunicações.
Em entrevista ao Olha Goiás, um produtor rural que prefere não ser identificado, contou que a proposta do governo estadual trará bem mais prejuízos que benefícios, e que o governador deve se atentar a reação negativa das entidades do agronegócio. “Taxar o agro significa aumento dos preços em tudo e quem paga essa conta é a população que vai precisar gastar mais dinheiro enquanto menos empregos são gerados”, disse ele.
Olha Goiás