Dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma safra recorde de 312 milhões de toneladas de grãos no Brasil. Segundo a companhia, o número é 15,3% maior do que foi obtido na produção de 2021 para 2022.
Os dados do primeiro levantamento da safra 2022/2023 foram divulgados pela companhia nesta quinta-feira (6). De acordo com a Conab, esse aumento na produção também se deve a um aumento na área destinada para plantio de grãos, que cresceu 2,9%, que representa cerca de 76,6 milhões de hectares, em relação ao último ciclo.
O coordenador do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag), Leonardo Machado, explica sobre as boas perspectivas de mercado ao analisar tal crescimento.
"Esse número que a gente ve no papel representa muito para um país que tem no agronegócio uma grande riqueza", complementou o coordenador.
“A cada hectare que cresce e mais um trabalhador na propriedade rural, é mais um trabalhador no comércio, nos serviços relacionados ao agro, então é um efeito multiplicador”, disse Leonardo.
Veja a estimativa de cada um dos grãos na safra 2022/2023
- Soja: estimativa de 152,4 milhões de toneladas, plantados em área de 42,98 milhões de hectares; 3,4% maior que na safra anterior;
- Milho: estimativa de 126,9 milhões de toneladas, plantados em área 1,5% menor que na safra passada; perspectiva de crescimento de 14,6 na produção;
- Arroz: queda na área plantada, mas estimativa de produção de 10,8 milhões de toneladas do grão;
- Feijão: perspectiva que a safra atinja 2,96 milhões de toneladas;
- Algodão: crescimento de 1,9% da área plantada, sendo destinados 1,63 milhão de hectares para a plantação da filha; estimativa de produção de 2,92 milhões de toneladas;
- Trigo: Conab projeta a produção do cereal em 9,4 milhões de toneladas, sendo 22% maior em volume que a safra anterior.
Goiás
Em solo goiano, a perspectiva de crescimento da produção de grãos é de 12,6% na safra 2022/2023, em relação a produção anterior. A expectativa de produção é de 32,4 milhões de toneladas, representando cerca de 10,3% da safra estimada para o país.
"Estamos praticamente prontos, esperando o nosso bom Deus mandar um volume de chuva necessário pra gente iniciar o plantio. Insumos todos aqui, equipamentos a postos. É só dar o 'start' aí para a gente poder começar", acrescentou.
No entanto, ele também destaca a preocupação com o aumento dos insumos e, consequentemente, o custo da produção.
G1 Goiás