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Maioria da população na região Centro-Oeste sente que inflação subiu muito, afetando principalmente consumo de alimentos, revela RADAR FEBRABAN

Por Lucas Silva 15 Junho 2022 Publicado em Economia
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Edição de junho da pesquisa mostra que aumentou o percentual de pessoas que sofreram golpes envolvendo contas bancárias. Confiança nos bancos se mantem estável

 

As consequências da inflação nesses quatro meses do conflito entre Ucrânia e Rússia chegaram aos lares brasileiros, com aumento generalizado de preços e, ainda, com pouca expectativa de mudanças na situação econômica da família e do país no curto prazo.

 

Na região Centro-Oeste, a maioria dos entrevistados (92%) afirma que o preço dos produtos aumentou ou aumentou muito em relação ao início do ano. Da mesma forma, três quartos dos entrevistados (74%) apontam que o consumo de alimentos e outros itens do abastecimento doméstico é o item que mais tem sido impactado pela inflação.

 

A recuperação econômica ainda está longe do horizonte da população da região. Metade dos entrevistados (52%) acredita que a sua vida financeira e familiar só irá se recuperar após 2022 ou isso sequer acontecerá. Quando pensam na recuperação da economia do país, é mais elevado o contingente de pessimistas (69%). Alinhados com esse sentimento, 65% têm expectativa negativa também no que se refere ao crescimento do país.

 

Esses dados são revelados pela mais nova rodada da pesquisa Radar FEBRABAN, realizada com 3 mil pessoas, entre os dias 21 de maio a 2 de junho, nas cinco regiões do país.

 

Considerando um horizonte mais favorável, em que haja disponibilidade de recursos extras no orçamento doméstico, as preferências dos entrevistados recaem na compra ou reforma de imóvel -- 35% disseram que comprariam um imóvel e 12% que reformariam a casa -- e por investimentos bancários -- 21% aplicariam o dinheiro na poupança e 17% em outros investimentos bancários.

 

A indicação de investimentos bancários como destino de eventuais recursos financeiros excedentes converge com o elevado grau de confiança no setor (59% confiam nos bancos). O entendimento preponderante é o de que os bancos têm dado uma contribuição positiva para o desenvolvimento da economia (51%), o enfrentamento da pandemia (45%), a geração de empregos (45%), a melhora da qualidade de vida das pessoas (41%), e os negócios e atividades profissionais dos entrevistados (44%).

 

Cresceu também o percentual daqueles que já foram vítimas de golpes e fraudes envolvendo instituições bancárias, chegando a 40% dos respondentes. Mas a maioria (57%) declarou não ter sido vítima de golpes ou fraudes. Dentre os crimes mais frequentes, a clonagem ou troca de cartão é citado por 64%.

 

Ainda sobre o tema, 51% dizem já ter recebido comunicação do banco instruindo sobre golpes e 89% apontam a importância de tais materiais como alerta e prevenção.

 

“A inflação é o inimigo número 1 do Brasil. É um fenômeno mais sério aqui porque, há 9 meses consecutivos, anualizada, vem ultrapassando a faixa dos dois dígitos. Além disso, está bastante disseminada e vem atingindo sobretudo as classes menos favorecidas. É mais sério também porque a inflação tem fatores estruturais, que estão entre nós, como o quadro fiscal débil que, vez por outra, volta a inspirar cuidados”, diz Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.

 

RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA FAMILIAR E NACIONAL

 

A maior parte da população do Centro-Oeste (52%) acredita que a situação financeira familiar só irá se recuperar depois de 2022 (51%) ou nem irá se recuperar (1%). Uma parcela de 24% dos entrevistados acredita que a recomposição financeira da família irá ocorrer ainda em 2022. E mais 3% afirmam já ter havido uma melhora financeira em 2021, perfazendo 27% que já se recuperaram ou estão em vias de se recuperar; além de 12% que afirmam não terem sido afetados.

 

Saindo do campo das finanças pessoais para a visão sobre a economia do país, os entrevistados se mostram mais cautelosos e 60% afirmam que só haverá recuperação após 2022. Os mais pessimistas quanto à recuperação da economia (sem perspectiva de melhoria) somam 9%.

 

Nessa rodada do RADAR foi incorporada pergunta sobre a expectativa de crescimento do país. A maior parte dos respondentes (56%) acredita que esse se dará depois de 2022.

 

EXPECTATIVA SOBRE ASPECTOS DA ECONOMIA

 

60% da população do Centro-Oeste vislumbra o aumento da taxa de juros esse ano.

63% dos entrevistados apostam no aumento da inflação e aumento do custo de vida.

44% da população do Centro-Oeste acredita em queda no poder de compra (contra 47% que creem em aumento ou estabilidade).

32% sinalizam que haverá crescimento do desemprego (contra 61% que acreditam em diminuição ou manutenção do nível atual).

19% afirmam que o acesso de pessoas e empresas ao crédito irá diminuir (contra 72% que acham que ficará como está ou irá aumentar).

 

CONSUMO

 

Em um cenário de recuperação econômica em que as pessoas tenham recursos excedentes no orçamento familiar, a compra de um imóvel seria é o principal desejo de 35% dos entrevistados. Se somada a intenção de reformar a casa (12%), esse item relacionado ao imóvel chega a 47%.

 

Em segundo lugar, como destino dos recursos extras, comparecem os investimentos bancários, seja poupança (21%) ou outros tipos de investimentos (17%).

 

Outras opções mencionadas para aplicar as sobras eventuais do orçamento foram:

 

cursos e educação da família (13%)

viagens (13%)

comprar carro (12%),

Os itens menos citados são:

fazer ou melhorar o plano de saúde (5%).

comprar eletrodomésticos/ eletrônicos (6%);

comprar moto (2%);

fazer seguro de carro, casa, vida ou outros (1%).

 

AVALIAÇÃO DOS BANCOS

 

Entre a população do Centro-Oeste, os bancos contam hoje com 59% de confiança dos brasileiros, as fintechs 56% e as empresas privadas desfrutam de 45%.

 

Permanece positiva a avaliação a respeito da contribuição do setor bancário para o país e a sociedade. Essa percepção favorável é maior quanto à contribuição para o desenvolvimento da economia brasileira (51%) e a ajuda no enfrentamento do coronavírus (45%).

 

Nesse RADAR foi acrescida ainda pergunta sobre a contribuição para “seu negócio ou sua atividade profissional”, com 44% de respondentes avaliando como positiva, 33% como neutra e 10% como negativa.

 

Antonio Lavareda - IPESPE

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