Lideranças e presidentes de partidos da base aliada ao governador Ronaldo Caiado (DEM) preferem, por enquanto, esperar, mas não desconsideram a possibilidade de compor projeto na oposição em 2022, diante das insatisfações criadas a partir da chegada do MDB ao grupo governista. A falta de diálogo do governador para decidir sobre a ocupação de uma das vagas na chapa majoritária, agora reservada ao MDB, levou os partidos a cogitarem outras possibilidades de aliança para a disputa da próxima eleição, inclusive com abertura de conversas com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.
Avaliação de um aliado é que o governador tentou antecipar um movimento para isolar Gustavo, diante de “alguma ameaça” que ele representava para a reeleição em 2022. Na prática, a antecipação gerou mais insatisfação na base e aumentou as possibilidades de aliança em torno do Mendanha. “Ainda está muito cedo e ninguém vai se posicionar neste sentido por enquanto, mas se surgir uma viabilidade aí para o Mendanha, e a gente está vendo que pode surgir, acho que pode virar uma debandada”, relata à coluna um aliado. “As definições serão mais à frente, fevereiro ou março do ano que vem”, completa.
A migração de partidos insatisfeitos ocorreria por falta de espaço na base governista e diante de um possível crescimento do projeto em torno de Mendanha, com o início das pesquisas eleitorais e a construção de grupo político relevante, com alguma expectativa de poder. Entre governistas, avaliação é de que a força de eventual candidatura de Mendanha não se limitaria a Aparecida de Goiânia, já que a imagem do prefeito tem inserção em grande parte do eleitoral da capital, principalmente por conta da ausência de destaque político na prefeitura de Goiânia, desde a morte de Maguito Vilela.
Carta na manga
Avaliação de palacianos próximos ao governador é de que a presença de Daniel Vilela na vice de Caiado poderia fazer frente a Mendanha na região metropolitana de Goiânia. Análise é de que Daniel equilibraria a disputa em Aparecida e viraria a eleição em Goiânia.
À fusão
A Executiva Nacional do DEM teve ontem a primeira reunião formal para discutir a fusão com o Partido Social Liberal (PSL). Nos bastidores, a negociação está avançada e os principais caciques de ambas as legendas articulam intensamente para viabilizar a união, de olho nas eleições de 2022.
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