Presidente da Assembleia acolhe sugestão de cidadão e propõe título de capital do tomate para Goianápolis
Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil) propôs a concessão do título de Capital Estadual do Tomate a Goianápolis. A matéria está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa e aguarda o parecer do relator deputado Issy Quinan (MDB).
Segundo o parlamentar, o projeto foi enviado por um cidadão pelo canal ‘ Aqui, você faz a lei’, ferramenta do aplicativo Deputados Aqui. Na justificativa, Peixoto lembra que mais de 26% da população da cidade trabalha diretamente com a cultura tomateira.
“O município de Goianápolis é conhecido como capital do tomate, devido à produção agrícola desse fruto e sua relevância cultural e econômica para o local de 11.224 habitantes, segundo o Censo realizado em 2020, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estima-se que aproximadamente 3 mil pessoas trabalhem diretamente na cultura tomateira”, destaca.
Após passar pela CCJ, o texto ainda precisará de duas aprovações em plenário. Caso passe, vai à sanção do Executivo.
É preciso dizer, Goianápolis já é conhecida, informalmente, como a capital do tomate. Em 2022, Goiás foi o maior produtor da cultura, além de liderar o ranking, também, em girassol e sorgo. Foram 993,5 mil toneladas no Estado, com Cristalina liderando, seguida por Morrinhos.
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Produção de tomate em Goiás cresce 13,3% e representa um terço no País
Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira (8/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a produção goiana de tomate deve crescer 13,3% este ano em relação a 2021. Os números foram coletados em novembro.
Com isso, o Estado deve atingir 1,1 milhão de toneladas do alimento em 2022. Na liderança da atividade no Brasil, Goiás representará 29,9% da produção brasileira do fruto. O montante previsto é de 3,8 milhões de toneladas.
O IBGE aponta, ainda, que Goiás pode ter aumento de 7,8% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em geral, segmento que tem 10,4% da participação nacional. Em relação a cana-de-açúcar, o crescimento deverá ser de 3,5%, comparado ao ano passado.
Outras possíveis altas indicadas foram: uva (30,1%), batata inglesa (26,8%), laranja (3,4%) e mandioca (0,1%).
Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Tiago Mendonça cita que o tomate vem na contramão do restante do país, onde há retração de 1,2% da produção. Segundo ele, há vários fatores, “inclusive climáticos, mas é um sinal positivo da pujança da nossa agropecuária e não podemos nunca deixar de ressaltar a força e a resiliência do nosso produtor”.
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Goiás é líder na produção de tomate industrial
O Brasil está entre os dez maiores produtores mundiais de tomate para a indústria, ocupando a quinta posição, segundo dados do Conselho Mundial de Tomate para Processamento, organismo internacional ligado à atividade de processamento industrial de tomate. Neste cenário, Goiás ocupa a liderança na produção brasileira, com uma produção de 1,31 milhões de toneladas em uma área de 18,3 mil hectares.
Além das condições climáticas e da tecnologia empregada no processo de produção, grande parte deste potencial se deve à intensificação das ações realizadas pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e também pela conscientização da cadeia produtiva no cumprimento das medidas legais.
Somente em 2011 foram realizadas mais de 430 fiscalizações nas principais áreas produtoras. A perspectiva para 2012 é que dobre este número com a chegada de novos fiscais na Agência. Dessa forma, para que o Estado se mantenha no topo da produção brasileira de tomate, é muito importante que, além dos investimentos em tecnologia, os tomaticultores estejam atentos às principais normas estabelecidas pela Agrodefesa. Esse é o caso do calendário de transplantio, que tem início dia 1º de fevereiro e termina em 30 de junho.
Disseminação
A partir deste período, nota-se considerável aumento da disseminação da mosca branca (Bemisia tabaci biótipo B), hospedeira do geminivírus, responsável pela principal praga do tomate e que traz danos também à soja e ao feijão. Segundo o coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas na Cultura do Tomate, Samuel Esteves Pereira, com a colheita da soja precoce e do feijão de 1ª safra, a mosca branca tende a migrar dessas lavouras para o tomate. “Após a ingestão da partícula viral o inseto, mesmo em baixas populações, pode trazer prejuízos de até 100% nas lavouras de tomate”, alerta Samuel Esteves.
Tudo acontece muito rápido. “O inseto pode adquirir o vírus em 15 minutos e após 16 horas já inicia a transmissão para as plantas sadias”, diz Samuel. Entre os danos causados pelas geminiviroses, principal problema fitossanitário dos tomateiros, estão a paralisação do crescimento da planta, amarelecimento das folhas em forma de mosaico, enrolamento foliar e redução do número e tamanho dos frutos, o que os torna inviáveis para comercialização.
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