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O consumidor pode ser diretamente prejudicado pela recente disparada dos preços da soja e do milho no mercado. O aumento da demanda mundial e a queda na produção norte-americana reduziram sensivelmente o estoque de soja no mundo, o que deve resultar em aumentos nos preços de produtos como óleo de soja, leite e carnes de aves e suínos, que usam a oleaginosa e o milho como matérias-primas.

 

Há muito tempo o produtor de soja não via um mercado tão favorável aos preços do grão. A cotação da saca de 60 quilos, que no início do ano era vendida por R$ 45, já atingiu um nível recorde de R$ 78 e o produto não é encontrado. “Hoje, quem precisar comprar não encontra nem por R$ 80”, garante o analista de mercado da Federação da Agricultura do Estado (Faeg), Pedro Arantes.

 

História parecida, mas menos grave, é a do milho, cuja saca saltou de R$ 18,00 para R$ 25 só nos últimos 40 dias. Os preços altos afetam até o mercado futuro, no qual a saca de soja já está sendo comercializada por R$ 58 por quem ainda está plantando. Pedro Arantes estima que cerca de 60% dessa soja já esteja vendida no mercado futuro.

 

Quebras

A situação atual começou com mais uma quebra de safra americana. Os Estados Unidos devem produzir menos 85 milhões de toneladas de milho e ter sua colheita de soja reduzida em 6 milhões de toneladas este ano. Com menos grãos disponíveis no mercado mundial, o Brasil, que teve uma boa safra, está ocupando este espaço deixado pelos americanos e passou a exportar mais.

 

Só as exportações goianas de milho aumentaram 503% em julho, enquanto as de soja cresceram 108% em valor, segundo a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás. Em volume, as exportações de milho cresceram 655%. “Boa parte do milho safrinha que está sendo colhido está sendo vendido direto no porto”, informa Pedro. As exportações de milho devem atingir 15 milhões de toneladas este ano no País, dos quais 3 milhões de toneladas devem embarcar somente este mês.

 

O resultado são níveis de estoque abaixo da média histórica. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estoque total de soja em grãos hoje no mercado é de apenas 961 mil de toneladas, contra 3,016 milhões de toneladas no ano passado. Os estoques de milho, apesar de bem mais confortáveis, também estão menores: os oficiais estão em apenas 1,3 milhão de toneladas atuais. “O ideal seria algo entre 4 e 5 milhões de toneladas de estoque regulador”, explica o gerente de Oleaginosas da Conab, Tomé Luiz Freire Guth.

 

Preços

Com a soja muito escassa, as indústrias que ainda têm estoques precisam programar o esmagamento. O temor é de ociosidade da produção neste segundo semestre, o que pode puxar mais o preço de produtos como o óleo de soja, que já subiu 13,25% este ano, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

Quem também não está gostando nada desse cenário são os suinocultores. “A situação é crítica, pois o custo de produção está maior que o preço de venda, apesar do preço da carne ter reagido um pouco”, alerta o presidente da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), Júlio César Carneiro. A tonelada do farelo de soja passou de R$ 800 para R$ 1,3 mil. Com isso, o quilo do animal vivo subiu de R$ 2,70 para R$ 3,40.

 

Para o presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA), Uacir Bernardes, a situação é muito preocupante, pois 70% do custo de produção de frango é ração, e 90% do custo da ração é milho e soja. “Não estamos preocupados apenas com o aumento, mas com a possibilidade de falta do farelo de soja no fim deste ano”, alerta. Ele alerta que é urgente a necessidade de reajuste do preço do frango.

 

Produtor

Para Pedro Arantes, este é um bom momento para o produtor de grãos, que enfrenta altas nos custos do adubo e do frete. Mas os agricultores alegam que não estão sendo beneficiados por esses novos valores porque não têm mais produto para vender. “Hoje, o preço está muito bom, mas 99% da soja já foi vendida”, informa o agricultor José Roberto Brucceli, que produz milho safrinha e soja no verão. Ele conta que acaba de colher o milho safrinha, mas 80% da safra foi vendida há cerca de três meses. “Se eu tivesse produto hoje, conseguiria pelo menos R$ 23”, afirma.

 

O produtor Mozart Carvalho de Assis, também lamenta não ter mais produto, mesmo com o aumento da produtividade. “Estávamos colhendo por R$ 43 a R$ 45. Quando chegou a R$ 50, todo mundo correu para vender”, lembra. A safrinha de milho também foi vendida antes. “Quem deixou para vender agora, está se dando bem, mas são poucos”, afirma Mozart. Ele conta que já vendeu 50% da próxima safra de soja por até R$ 47, mas os contratos futuros já estão a R$ 58.

 

Fonte: O Popular

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