Goiás é primeiro lugar do Ensino Médio no País, revela Ideb
A rede pública estadual de Goiás atingiu a melhor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referente ao ensino médio, de 2023. O resultado foi divulgado na tarde desta quarta-feira, 14, pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
As escolas de Goiás atingiram a maior média já registrada para o ensino médio público no País, com uma pontuação de 4,8 no Ideb. No total, em relação a taxa de aprovação do ensino médio em 2023, Goiás alcançou média de 98,3, com destaque para o terceiro ano do ensino médio, que ficou em 99,1 pontos.
Já em relação às notas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que avalia as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, a rede estadual de ensino marcou 284,54 e 280,06 pontos respectivamente. A nota média padronizada nos dois quesitos ficou estabelecida em 4,88.
Pernambuco e Piauí também conseguiram atingir notas ou superaram metas de aprendizado estabelecidas para o ensino médio.
Segundo o Ideb, o País alcançou 6 pontos nos anos iniciais de ensino fundamental (do 1º ao 5º ano), chegando a meta nacional estabelecida para o primeiro ciclo do indicador. Já nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), o Brasil alcançou 5 pontos e o ensino médio registrou 4,3 pontos, ficando abaixo das metas do indicador para o país nessas etapas, que era de 5,5 e 5,2, respectivamente.
Quando se comparam os resultados de proficiência padronizada do Ideb (matemática e leitura), entre 2021 e 2023, 96% dos estados (26) melhoraram o desempenho nos anos iniciais; 59% (16 estados) nos anos finais; e 65% (17 estados) no ensino médio.
Jornal opção
Projeto educacional do ensino médio em Goiás será modificado para 2012
A Secretaria de Educação de Goiás anunciou mudanças para o ensino médio das escolas estaduais para 2012. Essas alterações do projeto educacional do Estado estão sendo chamadas de "novo ensino médio" e trazem modificações na grade curricular dos alunos.
A partir de agora, as escolas têm a opção de decidir se os alunos vão concluir o ensino médio em três anos no regime anual ou em períodos semestrais. Outra novidade é que disciplinas como sociologia e filosofia entram na grade curricular obrigatória. Pela medida, 80% das matérias precisam ser as mesmas para todas as escolas.
As 87 escolas estaduais de ensino médio em Goiânia resolveram padrozinar, optando pelo sistema anual. A decisão acatada pela maioria das unidades evitará transtornos para os alunos que precisarem fazer transferências. “Se ele estuda na Vila Mutirão [em uma escola com o regime semestral] e muda para o Parque Amazônia, se lá não tiver uma escola semestral, ele vai continuar estudando na Vila Mutirão, ou vai ter que parar de estudar”, exemplifica o subsecretário regional de Goiânia Marcelo Ferreira de Oliveira.
O educador Geraldo Alves é diretor de um colégio que trabalha com o regime semestral desde 2008. A unidade foi a primeira em Goiânia a aderir ao modelo. Para ele, cada sistema tem vantagens e desvantagens, mas voltar para o regime anual com as condições previstas no novo ensino médio é a opção mais adequada. “O novo método que agora será implantado vai evitar esse tipo de transtorno, tanto em questão de matriz, quanto em conteúdo. O aluno também será favorecido no caso de uma possível mudança de unidade. O estudante não terá qualquer prejuízo”, observa.
Vestibulando
Walisson Alves termina o ensino médio ate o fim deste ano. Ele estudou no regime semestral e agora se sente preparado para buscar uma vaga no ensino superior. “Você já se acostuma com a faculdade. Já é um aprendizado, uma experiência”, afirma.
Apesar de as escolas poderem escolher entre os sistemas anual e o semestral, o secretário Estadual de Educação Tiago Peixoto acredita que, assim como ocorreu em Goiânia, a tendência é de que a maioria das demais cidades opte pelo regime anual. “A maioria dos colégios utilizava o sistema semestral aqui na capital. Então, como houve essa volta ao sistema anual, eu entendo que essa seja uma tendência no restante do estado também”, avalia.
Fonte: G1 Goiás
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