Conflito de Gerações e o Mercado de Trabalho
O mercado de trabalho atual é um espaço de interação entre diversas gerações, cada uma trazendo consigo perspectivas e valores distintos. Essa convivência intergeracional pode gerar conflitos, mas também pode ser uma fonte rica de inovação e crescimento. Entender as nuances dessas gerações é crucial para promover um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo.
A Geração pós 2ª Guerra Mundial - os Baby Boomers, que em 2024 têm entre 60 e 78 anos, cresceram em uma era de prosperidade e segurança econômica. Para eles, o trabalho é uma parte central da vida, onde a lealdade à empresa e a estabilidade no emprego são altamente valorizadas. Eles tendem a preferir estruturas organizacionais mais hierárquicas e podem ter dificuldade em se adaptar às rápidas mudanças tecnológicas e às formas mais flexíveis de trabalho.
A Geração X, atualmente com 44 a 59 anos, testemunhou a transição de uma economia industrial para uma economia de serviços e tecnologia. Conhecida por sua independência e espírito empreendedor, essa geração valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Eles podem servir como uma ponte entre os Baby Boomers e as gerações mais jovens, promovendo flexibilidade e inovação enquanto ainda respeitam a estrutura e a experiência.
A Geração Y (Millennials), com idades entre 28 e 43 anos, cresceram com a expansão da internet e das redes sociais. Eles buscam propósito e significado no trabalho, valorizando ambientes colaborativos e tecnológicos. No entanto, enfrentaram a recessão de 2008, que afetou suas perspectivas econômicas, tornando-os mais conscientes da necessidade de segurança financeira, mas ainda assim priorizando experiências significativas e o desenvolvimento pessoal.
A Geração Z, com idades entre 12 e 27 anos, é a primeira geração de nativos digitais. Cresceram em um mundo conectado, onde a diversidade e a inclusão são fundamentais. Eles preferem ambientes de trabalho flexíveis e inovadores e são altamente adaptáveis a novas tecnologias.
A Geração Alfa, ainda crianças ou adolescentes, está crescendo em um ambiente tecnológico e globalizado. Embora ainda não estejam plenamente no mercado de trabalho, sua educação digital e sensibilização precoce para questões sociais e ambientais prometem uma geração altamente adaptável e consciente.
OS conflitos no mercado de trabalho atual geralmente surgem das diferentes expectativas e valores das gerações. as gerações mais jovens podem ver as gerações mais antigas como resistentes à mudança e à inovação. No entanto, esses conflitos também podem ser oportunidades para sinergia.
A chave para transformar esses conflitos em oportunidades está na comunicação e no respeito mútuo. Empresas que promovem um ambiente inclusivo e que valorizam a diversidade de pensamento podem se beneficiar da combinação de experiência e inovação. Programas de mentoria reversa, onde jovens talentos ensinam habilidades digitais aos colegas mais velhos, e vice-versa, podem ser particularmente eficazes.
Entender e apreciar as diferenças entre as gerações no mercado de trabalho é essencial para criar um ambiente de trabalho dinâmico e produtivo.
Eco. Nilvan Domingos Barbosa – Consultor Financeiro/Educacional
A maior parte da herança do ídolo do futebol foi destinada a apenas um de seus filhos, que receberá 62,5% dos bens, enquanto os irmãos ficarão cada um com 12,5%
A sucessão patrimonial voltou à pauta, recentemente, quando o testamento de Mário Jorge Lobo Zagallo, que morreu no dia 5 de janeiro, se tornou conhecido e destinou a maior parte da herança do ídolo do futebol a apenas um de seus filhos, que receberá 62,5% dos bens, enquanto os irmãos ficarão cada um com 12,5%.
Especialista em questões patrimoniais, o advogado Jossan Batistute, sócio do Escritório Batistute Advogados, observa que, embora polêmica, essa divisão é completamente legítima.
“Pela lei brasileira, os herdeiros necessários são os que dividem a metade da herança. A parte legítima da herança, que representa 50% de todos os bens do testador, deve ser dividida entre os herdeiros necessários, que podem ser cônjuges, ascendentes (pais e avós, por exemplo) ou descendentes (filhos e netos)”, ressalta Batistute.
No caso de Zagallo, como não havia cônjuge nem ascendentes vivos, o patrimônio será dividido entre os filhos. “O que Zagallo fez foi, respeitando a parte chamada legítima [de direito igualmente entre os quatro filhos], destinar todo o restante ao filho caçula”, explica o especialista.
No próprio testamento, Zagallo revela o que o motivou a fazer isso. Segundo ele, os três filhos mais velhos (Paulo Jorge de Castro, Maria Emília de Castro e Maria Cristina Ballester) tentaram anular o inventário da mãe, Alcina de Castro, que havia falecido em 2012, sendo que o caçula (Mario Cesar), foi quem lhe dedicou “amor e carinho”.
“Sem entrar no mérito da questão, de modo especial do merecimento, o que Zagallo fez está completamente de acordo com a legislação”, ressalta Batistute.
O advogado explica que, destinada a parte legítima, o testador é livre para fazer o que quiser com a outra metade da herança. “Ele poderia doar para a caridade, dividir entre amigos e, até mesmo, dividir igualmente entre todos ou alguns dos herdeiros.
Mas, em vista de seus sentimentos e sua decepção descritas no testamento, decidiu destinar a apenas um dos filhos”, observa Batistute. O cálculo da parte legítima e do patrimônio a ser dividido se dá a partir da herança líquida, depois de quitar as dívidas que existam e das despesas com o funeral.
Entre todas as questões, de acordo com Batistute, o importante é deixar pronta a sucessão patrimonial. “Existem diversas maneiras de se preparar a sucessão, mas, Zagallo optou por documentar um testamento, fazendo-se cumprir, assim, sua vontade pós-morte.
Mas, como tal, o testamento não libera os herdeiros da obrigação de realizar o inventário dos bens deixados pelo falecido”, afirma o advogado. Especialista em sucessão patrimonial, Batistute observa que há outras modalidades que podem até gerar menos conflitos e menos impostos aos herdeiros.
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