Brasília tem segunda maior favela do país; veja ranking
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (8) dados do Censo Demográfico 2022 que mostram que Brasília abriga uma das maiores favelas do Brasil.
A comunidade Sol Nascente, localizada na capital federal, possui 70.908 moradores e só fica atrás da Rocinha, no Rio de Janeiro, que lidera o ranking com 72.021 pessoas.
Segundo o levantamento, o Brasil possui 12.348 favelas distribuídas em 656 municípios, somando um total de 16.390.815 de moradores. No entanto, o IBGE ressalta que as informações do Censo de 2022 não podem ser diretamente comparadas aos dados de 2010, devido a melhorias metodológicas.
Em 2010, foram identificadas 11.425.644 pessoas em 6.329 favelas e comunidades, o que indica um aumento no número de locais classificados como comunidades urbanas no estudo atual.
O instituto ampliou as categorias incluídas no levantamento, considerando como favelas e comunidades urbanas áreas como ocupações, quebradas, grotas, palafitas, vilas de malocas e loteamentos informais, além das favelas convencionais.
Após Rocinha e Sol Nascente, o ranking das maiores favelas do Brasil segue com Paraisópolis, em São Paulo (SP), que possui 58.527 moradores. Manaus (AM) é a cidade com o maior número de favelas entre as 20 maiores, somando seis, seguida por São Paulo, com quatro, e Rio de Janeiro, com três. Outras capitais também estão representadas, como São Luís (MA), Belém (PA), Salvador (BA) e o Distrito Federal.
Além de Brasília, confira as 20 maiores favelas do Brasil
Favela | População |
---|---|
Rocinha – Rio de Janeiro (RJ) | 72.021 |
Sol Nascente (ARIS – Sol Nascente) – Brasília (DF) | 70.908 |
Paraisópolis – São Paulo (SP) | 58.527 |
Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM) | 55.821 |
Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ) | 55.653 |
Heliópolis – São Paulo (SP) | 55.583 |
Comunidade São Lucas – Manaus (AM) | 53.674 |
Coroadinho – São Luís (MA) | 51.050 |
Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA) | 43.105 |
Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA) | 38.871 |
Pernambués – Salvador (BA) | 35.110 |
Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM) | 34.706 |
Santa Etelvina – Manaus (AM) | 33.031 |
Baixadas da Condor – Belém (PA) | 31.321 |
Colônia Terra Nova – Manaus (AM) | 30.142 |
Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ) | 29.766 |
Vila São Pedro – São Bernardo do Campo (SP) | 28.466 |
Cidade Olímpica – São Luís (MA) | 27.326 |
Chafik / Macuco – Mauá (SP) | 26.835 |
Grande Vitória – Manaus (AM) | 26.733 |
OPERAÇÃO RESGATA 8 TRABALHADORES SUBMETIDOS A CONDIÇÕES ANÁLOGAS À ESCRAVIDÃO EM NOVO GAMA
Uma operação resgatou oito trabalhadores que eram submetidos a condições análogas à escravidão em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal.
Eles prestavam serviço em uma fazenda cortando eucaliptos que seriam usados para produção de carvão vegetal.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), eles não tinham treinamento nem vestes apropriadas, trabalhavam sem banheiro e com pouca água para beber e eram alojados em uma casa ao lado de um chiqueiro.
A operação do Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foi coordenada por auditores fiscais do trabalho e teve início na última quarta-feira (29).
O trabalho só terminou na segunda-feira (3), quando dois homens, sendo um dono da fazenda e um empregador, foram notificados a retirar os trabalhadores do alojamento imediatamente e também a formalizar os vínculos empregatícios, além de pagar todas as verbas trabalhistas devidas.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com as defesas dos suspeitos de envolvimento para que se posicionem.
Segundo o procurador Tiago Siqueira Barbosa Cabral, dos oito trabalhadores, sete foram aliciados no interior do Maranhão pelo empregador, que os contratava sem formalizar o vínculo empregatício.
O oitavo é de Corumbá de Goiás, na região central do estado.
Ao chegarem de ônibus em Novo Gama, os trabalhadores eram levados à fazenda para trabalharem nas plantações de eucaliptos. O procurador contou que este grupo que foi resgatado trabalhava no local há cerca de duas semanas.
Na fazenda inspecionada, os auditores-fiscais do trabalho encontraram os trabalhadores derrubando eucaliptos em locais sem banheiro, sem vestimenta de trabalho, sem treinamento, com apenas uma garrafa pequena de água para beber durante todo o dia e sem condições de primeiros socorros em caso de acidentes de trabalho.
Os próprios trabalhadores relataram ao MPT que começavam a trabalhar às 6h e iam até 17h, de segunda a sábado, e recebiam por diária valores abaixo do combinado.
Eles relataram que, no alojamento onde eram colocados para dormir, a alimentação se resumia a arroz, feijão e uma carne, e que o local fica ao lado de um chiqueiro, que possui mau cheiro. Além disso, não havia água quente para banho, vários trabalhadores tinham que dormir no chão, a descarga do banheiro não funciona e o local não tem as mínimas condições de higiene.
"Eles não tinham proteção individual de trabalho, não tinham local para fazer as necessidades fisiológicas, não tinham treinamento. Também tinha um fator de exaustão em relação à jornada de trabalho e alimentação inadequada.
Eles tinham apenas um café puro pela manhã e, depois, o almoço era, basicamente, arroz, feijão e frango", contou o procurador.
Ainda segundo o relato dos próprios trabalhadores, alguns deles haviam sofrido cortes com facão nas pernas enquanto cortavam os eucaliptos.
No entanto, mesmo feridos, eram obrigados a trabalhar, já que o empregador os dizia que, se parassem de trabalhar, não teriam o pagamento da diária de trabalho.
Após a fiscalização, o dono da fazenda e o empregador foram notificados a retirar os trabalhadores do alojamento imediatamente, o que aconteceu na semana passada, e também a formalizar os vínculos de emprego, além de pagar todas as verbas trabalhistas devidas.
Fonte: G1
Mais de 100 prefeituras goianas participam de mobilização em Brasília contra cortes na arrecadação
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) organiza uma mobilização de mais de mil prefeitos de todo o Brasil no Congresso Nacional, na terça-feira (5), em Brasília. O intuito é fazer ações contra propostas que impactam na arrecadação dos municípios, como os reajustes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Ao Jornal Opção, o presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) e prefeito de Goianira, Carlos Alberto Oliveira, conhecido como Carlão da Fox (UB), afirmou que mais de 100 prefeituras goianas vão participar do movimento. “[Vamos falar sobre] todas as ações que prejudicam os municípios. As ações mais recentes são o reajuste dos professores, reajuste dos enfermeiros, redução do IPI e o ICMS”, explicou. “Vamos nos reunir com a Confederação Nacional dos Municípios, vamos ter uma reunião com os nossos parlamentares e depois vamos para o Congresso”, completou.
Carlão ressaltou que o intuito é abordar as perdas que os municípios vão ter e “garantir as compensações por parte do governo”, além de falar sobre as reformas administrativa e tributária.
Jornal Opção
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