A Companhia Energética de Goiás (Celg D) refez, nesta terça-feira (02/09), o pedido de reajuste tarifário à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A proposta atual de elevação média da tarifa, que passará a vigorar a partir do próximo dia 12, é de 21,94%. O reajuste pretendido anteriormente pela estatal era de 29,3%.
“Tivemos acesso a dados mais atualizados do mercado e, com base nessas novas informações, nós refizemos o nosso pedido ao órgão regulador, a Aneel. Por isso, o impacto desse índice será na ordem de 21,94%”, afirma o diretor econômico-financeiro da Celg, Oscar Salomão.
De acordo com o diretor, o principal impacto para o consumidor final vem dos custos repassados a terceiros, como a alta despesa de geradores e transmissores de energia elétrica. “Estas despesas são conhecidas no setor elétrico como ‘custos não gerenciáveis’, que estão embutidos nas tarifas e são muito onerosas. Para a Celg D, estes custos representam 67% dos custos totais”, diz.
“Estas despesas são geradas, principalmente, pela geração térmica para a região norte do Estado, onde esses custos dispararam por conta da estiagem”, relata. Dos 21,94% pleiteados pela estatal, 17,19% são oriundos desses custos extras.
Influência
Segundo informações da assessoria de imprensa da Celg, as compensações por despesas incorridas nos últimos 12 meses sem cobertura tarifária se elevaram em 144% e influenciaram nas despesas da estatal goiana. Essas compensações acarretaram num aumento de 3,59% das tarifas. O restante, cerca de 1,15%, é oriundo de despesas com pessoal, material e serviços terceirizados.
No entanto, até a data estipulada por lei, no dia 12 de setembro, a definição do reajuste da distribuidora goiana ainda pode sofrer alteração, informa o diretor econômico-financeiro da Celg, Oscar Salomão. Uma nova reunião pública da Aneel está marcada para a próxima terça-feira (9) para discutir o assunto.
Mais em conta
O impacto pleiteado, porém, ficou bem abaixo dos índices de algumas distribuidoras que apresentaram recentemente reajustes superiores a 30%, tais como o da Região Oeste de São Paulo (35,77%), Estado do Paraná (35,05%) e do Pará (34,41%). “Este é um fator positivo, pois teremos um reajuste bem abaixo de outros distribuidores no País”, ressalta Oscar Salomão.
Fonte: O Hoje