O vice-presidente da Companhia Energética de Goiás (Celg), Elie Chediac, afirmou nesta quarta-feira (23/07) no Palácio do Planalto, em Brasília, que o governo federal se comprometeu a liberar R$ 1,9 bilhão para a reestruturação da empresa.
Chediac conversou com jornalistas após se reunir com o governador do estado, Marconi Perillo, que havia participado de encontro com a presidente Dilma Rousseff. Segundo o vice-presidente da Celg, a liberação ocorrerá após as negociações para a venda de 51% da companhia para a Eletrobras.
“A presidenta Dilma se comprometeu em trabalhar para a liberação desses R$ 1,9 bilhão. […] Ela deu o comando para que depois da reunião de amanhã [no Rio de Janeiro, entre a Celg e a Eletrobras] o aporte seja liberado”, afirmou Chediac.
Os representantes do governo que participaram do encontro não deram declarações à imprensa para confirmar os dados divulgados pelo vice da Celg. A assessoria de imprensa do Planalto foi procurada, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
De acordo com Elie Chediac, o governo de Goiás venderá 51% da Celg para a Eletrobras e os preços deverão ser definidos nesta quinta (24/07). Segundo o vice-presidente da companhia, não há estimativa de quanto custará a parcela.
“A concessão da empresa vai findar em julho de 2015 e, certamente, o preço da empresa é um. Se houver a prorrogação do prazo para a concessão para mais 30 anos esse preços erá muito maior”, disse.
Chediac disse ainda a jornalistas que nos últimos anos o governo de Goiás investiu R$ 3,5 bilhões na reestruturação da empresa e que, por isso, não teria os R$ 1,9 bilhão que ainda restam para concluir a reformulação.
Ainda segundo o vice-presidente da Celg, o objetivo é reestruturar a empresa, que está atualmente com “fluxo negativo” de caixa. Chediac afirmou também que a companhia passou por momentos “muito difíceis” na última década.
“A Celg teve um congelamento das suas tarifas e isso acabou levando o caixa da empresa para um buraco muito grande, e agora nós estamos conseguindo recuperar o fluxo de caixa com investimentos”, concluiu.
Fonte: G1 Goiás