Goiás já vive uma situação de alerta em decorrência de baixos Ãndices de umidade relativa do ar, que segundo a Organização Mundial de Saúde varia de 12% a 20%. Este ano, o menor Ãndice registrado foi de 13%, no dia 4 deste mês, no municÃpio de São Simão, no sul do Estado, mas a previsão para as próximas semanas não é nada animadora. Historicamente os piores Ãndices são registrados em setembro, quando as rajadas de vento são mais comuns levantando os poluentes, como poeira, fumaça e fuligem. A massa de ar seco que paira sobre Goiás contribui para a formação de um belo espetáculo ao por do sol, "mas tudo não passa de poluição", alerta a chefe em Goiás do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), Elizabete Alves Ferreira.
O tempo seco somado aos agentes nocivos à saúde estão levando milhares de pessoas à s unidades de Saúde, principalmente crianças, mais suscetÃveis à s doenças virais. No Hospital Materno Infantil (HMI), referência no atendimento de problemas respiratórios, houve um crescimento superior a 64% nesse tipo de doença entre janeiro a julho deste ano, em comparação ao mesmo perÃodo de 2012. No ano passado, nos sete meses foi registrada uma média de 1.102 casos por mês e este ano, subiu para 1.817 casos.
Pediatra, alergista e imunologista do HMI, Lorena de Castro Diniz atribui a uma soma de fatores a alta demanda de pacientes na unidade. "Há mais poluição no ar, como excesso de veÃculos, uso excessivo de ar condicionado e crescimento dos polos industriais e da construção civil, que produz muita poeira. Com o tempo seco há mais concentração de poluentes, que são vetores de doença. Essa concentração de poluentes faz diminuir a força dos pulmões", afirma.
Em Goiás, segundo o Inmet, a última chuva registrada foi no municÃpio de Caiapônia no dia 19 de julho. Em Goiânia, na chegada da frente fria, no dia 23, houve uma espécie de garoa, mas não o suficiente para mudar o quadro de sequidão que provoca irritação nos olhos e ressecamento das vias respiratórias. Ou quadros mais graves, como gripe forte, asma, bronquite e sinusite.
De acordo com o Inmet, no domingo completou oito dias de umidade relativa do ar atingindo nÃvel considerado de alerta. O menor valor registrado em Goiânia foi de 13%, no dia 2 de agosto.
NOVA ONDA DE FRIO
O Inmet está prevendo uma nova onda de ar frio na semana que vem. Vindo do sul do Brasil, a massa de ar frio vai atingir o Centro-Oeste, com pico de resfriamento previsto para o dia 14, quando a temperatura máxima em Goiânia deve atingir 23% e a mÃnima 12%. Neste perÃodo, a umidade do ar vai dar uma trégua por causa do aumento de nebulosidade.
Fonte: O Popular