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Procissão do Fogaréu: entenda túnica usada por farricocos que é confundida com grupo extremista Ku Klux Klan

Por Lucas Silva 28 Março 2024 Publicado em Estado
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Com tochas, túnicas coloridas e capuzes pontiagudos, homens vestidos de farricocos, que representam os soldados romanos, tomam as ruas da cidade de Goiás anualmente durante a Procissão do Fogaréu. A performance relembra a perseguição a Jesus Cristo, para prendê-lo, e faz parte das celebrações da Semana Santa.

 

A iconografia da procissão foi desenvolvida pela artista plástica Goiandira do Couto, uma das fundadoras da OVAT. Izabela Tamaso destacou que a estética dos farricocos não foi inspirada nos guardas romanos, mas sim nas procissões de penitência medievais, onde os pecadores buscavam o anonimato e, por isso, ficavam encapuzados para não serem identificados.

 

A construção dos elementos da Procissão do Fogaréu ocorreu em 1965, a partir de textos do século 18 encontrados na Igreja de São Francisco de Paula e de referências da Europa medieval.

 

As vestimentas dos farricocos são frequentemente comparadas às usadas pelo grupo de supremacia branca Ku Klux Klan- que usam túnicas brancas e capuzes cônicos. Entretanto, segundo o presidente da OVAT, Rodrigo dos Santos e Silva, os elementos simbólicos têm significados distintos e as referências da procissão datam de períodos muito anteriores à criação da KKK.

 

Os primeiros registros da KKK são de 1865, quase um século depois da menção dos farricocos nos textos encontrados na Igreja da cidade de Goiás.

 

Ao g1, Rodrigo dos Santos e Silva explicou que o padre espanhol João Perestrello de Vasconcellos Spindola, fundador da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos e o mentor da Semana Santa na cidade de Goiás, trouxe elementos da sua formação religiosa na Europa para reviver tradições na cidade goiana. Em 1745, então, ele introduziu a Procissão do Fogaréu na cidade.

 

A pesquisadora Izabela Tamaso também destacou que o processo de criação das túnicas do farricocos não faz nenhuma alusão ao grupo dos EUA. "Quando a Goiandira vai criar a vestimenta do farricoco, ela pensa exatamente no penitente. Então, ela não associou a essa ideia que subsidia, que está por detrás da vestimenta da Ku Klux Klan. Não é a mesma. Não tem o mesmo sentido", disse.

 

 G1 Goiás

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