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Homicídios despencam em Goiás e feminicídio vai na contramão

Por Lucas Silva 11 Janeiro 2024 Publicado em Estado
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Dados atualizados da Secretaria de Estado da Segurança Pública revelam que o número de homicídios dolosos despencou em Goiás entre os anos de 2018 e 2023, com queda de 50,8%. No ano passado a tendência de queda se manteve, com redução de 12,1% em relação a 2022. Na contramão da boa notícia, as ocorrências de feminicídio dispararam, registrando aumento de 52,7% desde 2018.

 

Em 2018, foram 2,1 mil homicídios dolosos em Goiás. Em 2019, o número caiu para 1,6 mil. Em 2020, baixou para 1,5 mil. No ano seguinte, para 1,2 mil. Em 2022, foram 1,1 mil registros e, em 2023, 1 mil.

 

De acordo com as estatísticas criminais disponíveis no site da SSP-GO, em 2018 foram registrados 36 casos de feminicídio. No ano seguinte, foram 40. Em 2020, o número subiu para 44 e, em 2021, para 54. Em 2022, segundo os dados apresentados nesta quarta-feira (10), foram 55 registros, valor que se repetiu em 2023.

 

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) também apontou que a redução desse tipo de crime é um desafio e incentivou que as mulheres vítimas de violência doméstica façam denúncias para que as polícias possam agir e garantir a segurança delas.

 

“É uma ação que precisa ter um maior apoio por parte das mulheres. É algo que acontece dentro de quatro paredes. A mulher precisa ser encorajada e saber que o estado vai estar presente para cuidar dela”, afirmou o governador. Caiado disse ainda que, mesmo que as mulheres não tenham condições de se manter sem os maridos, existem programas assistenciais do governo que podem amparar as vítimas.

 

Um dos casos emblemáticos, ocorrido em 2023, foi o da mulher que filmou a própria morte ao levar um tiro disparado pelo namorado. Eles estavam em uma estrada na zona rural de Jataí. Ielly Gabriele Alves tinha 23 anos. O borracheiro Diego Fonseca Borges, de 27 anos, foi indiciado por feminicídio.

 

Apesar da estabilização dos feminicídios entre 2022 e 2023, em relação a violência doméstica contra a mulher, as ameaças subiram de 15,8 mil para 18,1 mil, crescimento de 14,3%. As lesões corporais aumentaram de 11,3 mil para 12,4 mil, acréscimo de 10%. Os crimes contra a honra, que incluem calúnia, injúria e difamação, subiram de 11,4 mil para 13 mil, crescimento de 13,4%. O estupro foi o único crime que apresentou queda. Em 2022, foram 419 e, em 2023, 384.

 

O balanço dos indicadores criminais de 2023 foi apresentado na manhã desta quarta por Caiado. Estiveram presentes os membros da cúpula da Segurança Pública do estado. Os dados são do Observatório de Segurança Pública do Estado de Goiás, que são provenientes do Sistema de Registro de Atendimento Integrado (RAI). 

 

A coordenadora da Ouvidoria da Mulher da Câmara Municipal de Goiânia, Maria Clara Dunck, acredita que o cenário seja um reflexo da ausência de investimentos. Ela lembra que na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o dinheiro destinado ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos para proteção das mulheres caiu de R$ 100,7 milhões, em 2020, para R$ 30,6 milhões em 2021. “Estamos falando de uma queda de 90%. Afeta muito”, diz.

 

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