Um grupo criminoso tem usado, de forma ilegal, nomes, carimbos e assinaturas de médicos de unidades de saúde públicas e privadas de Goiânia e Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, para falsificar e vender atestados pela internet. O principal foco dos criminosos são as redes sociais, como o Facebook e Telegram, além de sites e grupos de WhatsApp de fácil acesso, onde eles divulgam os documentos.
Conversas obtidas pelo g1 mostram como esses criminosos negociam os atestados e receitas médicas falsas. Em uma conversa pelo WhatApp, por exemplo, uma mulher que se identificou como Isadora, rejeitou as ligações do cliente, mas se colocou à disposição para tirar dúvidas e fechar o negócio por meio de mensagens no aplicativo.
Na troca de mensagens, um cliente que estava em busca de folga do trabalho, questionou o preço cobrado pelo documento. A mulher, então, informou que um atestado de 15 dias sairia no valor de R$ 130, mas que poderia prolongá-lo desde que fosse pago um valor maior pelos dias acrescentados.
No total, ela cobrou R$ 150 para encaminhar um atestado de 20 dias em arquivo PDF. O valor, entretanto, precisa ser pago antecipadamente por meio de transferência bancária ou PIX, como informou a criminosa.
Perguntada sobre a qualidade dos atestados, a criminosa fala que o material é "quente" e que tem “contatos ativos” em clínicas particulares e em unidades de saúde públicas. Em Goiânia, por exemplo, ela cita os Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais) de Campinas, Novo Mundo e Urias Magalhães. Já em Aparecida de Goiânia, o contato estaria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Flamboyant.
“Em uma folha pode ter de 14 a 15 dias. Se você quiser mais dias além dos 15 dias, posso fazer um preço bacana. Temos Cais e clínica particulares, mas preciso de alguns dados, como nome completo, comprovante de endereço, data de nascimento e o dia em que quer iniciar o atestado. Além disso, preciso saber a unidade que você quer e o motivo a ser citado”, explicou Isadora.
G1