Doce de origem árabe que chegou no Brasil através da embarcações portuguesas, o alfenim é uma especiaria tradicional principalmente na Cidade de Goiás. Feito de açúcar, ovos e limão, a iguaria de formatos variados, como animais, flores e imagens religiosas, agora é patrimônio cultural imaterial goiano, após uma lei sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB).
Em Goiás, a tradição do doce é mantida por Silvia da Silva Curado, 90 anos, a única doceira da região que ainda produz o alfenim. Curado herdou a receita da avó e ainda hoje fornece a delicada e frágil guloseima na janela de sua casa, localizada no Largo do Chafariz, na Cidade de Goiás.
A proposta de tornar o doce um patrimônio cultural foi apresentada na Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Coronel Adailton (Progressistas), que ressalta a importância de preservação do alfenim no roteiro gastronômico goiano.
“Embora seja um doce de poucos ingredientes, por ser extremamente delicado, exige tempo, destreza e conhecimento do ponto adequado para sua fabricação, fatores que desestimulam a sua produção por outras doceiras da região. Justamente pela dificuldade em seu preparo, é que o alfenim está sob o risco de desaparecer“, lê-se no projeto de lei apresentado pelo deputado.
Além da Cidade de Goiás, a especiaria também é popular em festas do Divino Espírito Santo realizadas em outras localidades, como Pirenópolis e Trindade.
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