As primeiras ações do novo governo Lula na área da agricultura e pecuária foram desmembrar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para, então, ativar a pasta do Desenvolvimento Agrário e da Pesca. Assim, o presidente extinguiu a diretoria agrícola do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
A medida publicada em edição extra do Diário Oficial da União, de domingo, 1° de janeiro, determina que a área agrícola, que até agora tinha uma diretoria específica dentro do MRE, seja incorporada por outro setor, que passará a se chamar “Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura”. Cada setor terá um diretor e mais quatro funcionários.
O objetivo do departamento é coordenar as atividades de promoção comercial de investimentos nas áreas da indústria, agricultura e de serviços, incluindo energia, mineração, ciência, tecnologia e inovação.
FPA está preocupado com a medida
A bancada do agro não gostou da decisão do Poder Executivo de extinguir a diretoria agrícola do MRE. A Frente Parlamentar Agrícola (FPA) divulgou uma nota à imprensa, na qual expressa a preocupação.
“Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros”, diz trecho da nota.
A frente, composta por mais de 300 parlamentares, solicita que a equipe de Lula reveja a decisão de extinguir a diretoria agrícola do MRE.
Até o momento de publicação dessa matéria, o novo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, não se manifestou a respeito.
Nota da FPA na íntegra
A Frente Parlamentar da Agropecuária manifesta preocupação com a decisão emitida pelo Decreto Presidencial 11.357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores.
Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros.
Desta forma, a FPA pede que a medida seja reconsiderada pelo governo federal, especialmente pelo Ministério da Agricultura, também responsável à época, junto com a FPA, pela criação da Diretoria Agrícola do Itamaraty.
Olha Goiás