Todos os anos surgem novas formas de entretenimento que conquistam espaço ao redor do país e do mundo. De livros eletrônicos até novas plataformas, diversas opções atraem os brasileiros e nos próximos anos elas devem se solidificar ainda mais em território nacional.
Livros eletrônicos têm atraído cada vez mais os leitores nacionais
Segundo uma pesquisa realizada pela Nielsen e divulgada pela Câmara Brasileira do Livro, a quantidade de livros eletrônicos (também conhecidos como e-books) vendidos ao redor do país cresceu mais de 80% em 2020 quando comparada a 2019.
Existem diversos motivos para isso, mas um dos principais apontados pelos leitores é o preço muito mais em conta dessa versão em comparação com a de papel.
Para se ter uma ideia da disparidade entre os valores, segundo a mesma pesquisa da Nielsen, o formato eletrônico de um manuscrito costuma sair por apenas 60%, ou seja, pouco mais da metade do preço de uma obra física.
Vale lembrar que a pesquisa não inclui promoções como as realizadas por gigantes do varejo como a Amazon, que muitas vezes contam com títulos descontados para 10% do valor original e permitem uma acessibilidade ainda maior para os brasileiros, que podem utilizar tanto leitores digitais como o Kindle quanto os seus celulares ou tablets para realizar a leitura.
Mesmo com todo esse crescimento, os livros físicos ainda são a forma de leitura favorita dos brasileiros, mas a porcentagem entre cada um deles está diminuindo ano após ano. Se em 2019 a proporção era de 95 obras de papel vendidas para cada livro digital, atualmente ela já diminuiu para 42 exemplares físicos por cada título eletrônico.
Outro ponto de destaque que tem chamado atenção do público é a produção de audiolivros, que atualmente é impulsionada por plataformas como a Storytel e a Audible, e que tem atraído ainda mais brasileiros para a literatura eletrônica.
Esportes disputados pela internet também estão em expansão
Já estamos muito distantes do tempo em que os eSports, também conhecidos como esportes eletrônicos, eram considerados uma simples modalidade de nicho. Hoje em dia seu crescimento mobiliza cada vez mais a indústria tecnológica e a de entretenimento.
Segundo dados do IPG Media Lab, atualmente, cerca de 40% dos internautas de toda a América Latina jogam videogame e ao menos 57,2% desse total assiste a conteúdos de eSports, como transmissões de campeonatos de League of Legends e Fortnite, semanalmente.
No Brasil não é diferente e, de acordo com a 8ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), o número de fãs do eSport cresceu mais de 10% de 2020 para 2021, representando um aumento da porcentagem de gamers de 44,7% para 55,4% da população – sendo necessário mencionar que 29% (quase um terço) consome conteúdo de esportes eletrônicos mais de três horas por semana.
Outro tipo de competição disputada por meio da internet que tem chamado cada vez mais atenção dos brasileiros é o poker online. É verdade que ainda há discussões sobre o esporte das cartas ser ou não um eSport, mas o fato é que nunca houve tantos jogadores nacionais e internacionais quanto agora.
Para se ter uma ideia, em 2020, mais de 60 mil pessoas assistiram ao desempenho do competidor Lex Veldhuis em uma competição de poker online com prêmio de um milhão de dólares, números que fizeram dessa a maior transmissão da modalidade na história da plataforma.
Desde então o poker continua figurando entre as modalidades favoritas dos fãs de eSports, e muitos dos atletas dos esportes eletrônicos jogam poker e vice-versa.
Por exemplo, Bertrand “ElkY” Grospellier era um atleta de Starcraft antes de passar a se dedicar ao poker, e Doug “WCGRider” Polk competia em Warcraft 3, fatos que mostram a grande similaridade entre o poker e outros jogos estratégicos tradicionais dos eSports.
Plataformas de vídeo também não param de ganhar usuários
Além dos livros eletrônicos e dos eSports, outro tipo de conteúdo de entretenimento que não para de crescer em território nacional é o do streaming de plataformas de vídeos como YouTube, Disney+, Globoplay e Amazon Prime Video, que inclusive contam com produções nacionais.
Atualmente, cerca de 68% dos brasileiros consomem vídeos online gratuitos e 58% assinam streamings pagos, e os números vêm crescendo ano após ano por todos os cantos do país.
