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Como os algoritmos estão reordenando as forças politicas no mundo

Por Lucas Silva 17 Maio 2021 Publicado em Tecnologia
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A física quântica é salpicada de paradoxos e de fenômenos que desafiam as leis da racionalidade cientifica. Ela nos revela um mundo no qual nada é estável e onde uma realidade objetiva não pode existir - porque inevitavelmente, cada observador a modifica na perspectiva de seu ponto de vista. Nessa dimensão, as interações são as propriedades mais importantes de cada objeto, e diversas verdades contraditórias podem existir sem que uma invalide a outra. Com a política quântica, a realidade objetiva não existe. Cada coisa se define, provisoriamente, em relação a uma outra, e, sobretudo, cada observador determina sua própria realidade.

 

Os algoritmos da Apple, do Facebook ou do próprio Google fazem com que cada um de nós receba informações que nos interessam. E se, como diz Zuckerberg, nos interessamos mais por um esquilo agarrado na árvore em frente à nossa casa do que pela fome na África, o algoritmo dará um jeito de nos bombardear com as últimas notícias sobre os roedores do bairro, eliminando assim toda referência sobre o que se passa do outro lado do Mediterrâneo (África).

 

Assim na política quântica, a versão do mundo que cada um de nós vê é literalmente invisível aos olhos dos outros. O que afasta cada vez mais a possibilidade de um entendimento coletivo. Segundo sabedoria popular, para se entender seria necessário “colocar-se no lugar do outro”, mas na realidade dos algoritmos essa operação se tornou impossível. Cada uma marcha dentro de sua própria bolha e no interior da qual certas vozes se fazem ouvir mais do que outras e alguns fatos existem mais do que os outros. “Nos parecemos loucos uns para os outros”, diz Jaron Lenier.

 

Não são nossas opiniões sobre os fatos que nos dividem, mas os fatos em si. Cada um tem direito a suas próprias opiniões, mas não a seus próprios fatos, podia ainda ter valor, mas na política quântica esse princípio não é mais viável.

 

Nós devemos inventar uma nova sabedoria para uma nova época. E ao mesmo tempo, se queremos reconstruir algo de bom, vamos precisar parecer heréticos, inoportunos e desobedientes aos olhos de todos aqueles que nos precederam.

 

É desse espírito, ao mesmo tempo criador e subversivo, que todos os democratas deverão se apropriar para reinventar as formas e os conteúdos da política dos próximos anos, se quiserem ser capazes de defender seus valores e suas ideias na era da política quântica.

 

Eco. Nilvan Domingos Barbosa

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