A mãe do motorista por aplicativo Vander Parreira da Silva, de 34 anos, está angustiada para ajudar o filho que está com um pino na garganta, em Goiânia.
Segundo Márcia Valéria de Queiroz, por causa do pino que se deslocou pelo corpo de Vander, o filho não consegue mexer a cabeça nem se movimentar.
Internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) desde o dia 19 deste mês, o motorista aguarda por cirurgia, que já foi remarcada três vezes.
A última notícia que a família recebeu, segundo Márcia, é de que o Hugo não realiza esse tipo de cirurgia e que Vander deverá ser transferido para outra unidade, que ainda não foi divulgada.
O G1 solicitou, às 7h20, por mensagem, posicionamento do Hugo a respeito das cirurgias desmarcadas e possível transferência do paciente, e aguarda retorno.
A reportagem também entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pela Central de Regulação, para obter mais informações sobre o caso de Vander, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
“Desde o começo deste mês, meu filho começou a sentir dores e ficar meio torto, mas continuou trabalhando, até que ele passou mal, travou e não conseguia mexer nada. Ele foi socorrido por pessoas na rua e levado ao Crof. Ele foi encaminhado para o Hugo com urgência, mas, chegando lá, eles mudaram a cirurgia para eletiva e até hoje ele não foi operado”, relata Márcia.
Segundo a professora, o problema teve início há dois anos, quando Vander quebrou a clavícula e passou por uma cirurgia na rede pública.
Márcia conta que houve erro médico e o filho perdeu parte dos movimentos de um dos braços.
“Ele ficou torto e perdeu cerca de 35% do movimento”, diz.
Por isso, Vander passou por outra operação, desta vez particular, para corrigir os movimentos.
A cirurgia foi bem sucedida, segundo Márcia.
No entanto, recentemente o motorista descobriu que o pino se soltou durante o pós-operatório e passou a se movimentar pelo corpo.
A descoberta só aconteceu depois que Vander começou a sentir dores e fez um exame de raio-x, que mostrou o pino próximo à garganta.
"A gente não sabia que o pino tinha saído do lugar. Descobrimos recentemente porque meu filho foi ficando torto, foi travando", explica.
Fonte: G1