O promotor Sandro Haldfeld afirma que identificou a criação de um esquema de abertura de empresas para serem usadas como “laranjas” em aquisições de bens imóveis que se desviavam da finalidade da Associação Filhos do Pai do Eterno (Afipe).
Segundo Haldfeld, essas empresas teriam recebido repasses da Afipe que chagam a R$ 34 milhões.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) já investiga o suposto desvio de dinheiro ofertado por fiéis para a instituição, cerca de R$ 120 milhões movimentados pelo padre Robson de Oliveira.
O padre Robson permanece negando qualquer irregularidade enquanto esteve à frente da Afipe, que é responsável pelo Santuário Basílica de Trindade.
O religioso presidiu a instituição até o dia 21 de agosto deste ano.
O promotor Sandro Haldfeld afirma ainda que quase todos os dias descobria uma empresa nova em nome de laranjas.
A apuração foi paralisada há cerca de uma semana, quando a defesa do padre Robson conseguir frear os trabalhos dentro do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) por meio de um habeas corpus.
O MP-GO investigava se R$ 120 milhões que deveriam ser destinados à construção do novo Santuário, estariam sendo usados para comprar, entre outros bens, casas de luxo e fazendas.
A investigação do MP-GO ouviu pessoas que afirmaram ser “laranjas” no processo das criações de empresas.
A investigação contra o padre Robson foi interrompida na última terça-feira (6), por determinação do TJ-GO.
Após a investigação ser interrompida, a defesa do padre Robson de Oliveira enviou à Justiça um pedido para que sejam destruídas todas as provas coletadas pelo MP-GO.
Fonte: Mais Goias