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Justiça determina retirada do ar de especial de Natal do Porta dos Fundos para ‘acalmar ânimos’

Por Marcelo Justo 09 Janeiro 2020 Publicado em Cinema & TV
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Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro determinou na tarde desta quarta-feira (08/01) a retirada do ar do episódio de Natal do Porta dos Fundos veiculado pela Netflix.


Em liminar, o desembargador Benedicto Abicair afirma que decidiu recorrer à cautela para “acalmar ânimos”.


O especial retrata um Jesus gay (Gregorio Duvivier), que se relaciona com o jovem Orlando (Fábio Porchat), e um Deus mentiroso (Antonio Tabet) que vive um triângulo amoroso com Maria e José.


Há ao menos sete ações na Justiça contra a Netflix, ajuizadas por lideranças de igrejas ofendidas com a paródia.


A reação ao episódio também ocorreu fora da seara jurídica.


Na madrugada do dia 24 de dezembro, dois coquetéis molotov foram atirados contra a fachada do edifício onde funciona o Porta dos Fundos, na zona sul do Rio de Janeiro.


Um dos suspeitos do crime se encontra na Rússia.


O pedido de suspensão do especial, movido pela Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, havia sido negado em primeira instância e pelo desembargador de plantão.


O recurso foi distribuído ao relator, Benedicto Abicair, que teve entendimento diferente.


“As consequências da divulgação e exibição da ‘produção artística’ (…) são mais passíveis de provocar danos mais graves e irreparáveis do que sua suspenção (sic), até porque o Natal de 2019 já foi comemorado por todos”, escreveu o desembargador.


Para ele, a suspensão é mais adequada e benéfica, “não só para a comunidade cristã, mas, para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã”.


Na decisão, o desembargador também afirma que o Porta dos Fundos defendeu sua produção com agressividade e deboche.


Ele cita brevemente o ataque contra a produtora, e completa: “Veja-se que reações dessa natureza sempre podem motivar consequências irreversíveis e desdobramentos inimagináveis, o que, aparentemente, não ocorreu”.


O desembargador se refere à associação que moveu o pedido como uma instituição que busca defender direitos da comunidade cristã, “a mais expressiva no Brasil”.


Já sobre o Porta dos Fundos e a Netflix, escreveu: “Do outro lado têm-se empresas, com fins lucrativos, uma que se apossou de uma obra de domínio público, milenar, que congrega milhões de fiéis seguidores”.


O Centro Dom Bosco, autor da ação que acabou acatada pelo Ministério Público, é conhecido como polo do conservadorismo católico no Brasil.


A entidade reúne leigos (pessoas que não integram o clero) e tem como um de seus propósitos formar “soldados de Cristo por meio da via espiritual e intelectual para atuar na cultura, defendendo a fé verdadeira”.


Fábio Porchat, que interpreta o interesse romântico do Jesus de Gregório Duvivier na produção, disse que por ora o grupo não vai se pronunciar.


Leia também:
STF libera exibição do especial de Natal da produtora Porta dos Fundos


Fonte: FolhaPress (com adaptações)

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