No setor de marketing e publicidade a sorte é um fator importante de sucesso, pois há sempre uma dose de imponderável das circunstâncias e do momento que interferem no resultado efetivo de qualquer ação ou campanha.
Mas, essa sorte precisa ser ajudada por propostas inteligentes, decisões ponderadas, estrutura adequada, equipe bem preparada e de talento, tudo executado através de trabalho árduo e disciplinado.
Lembrando um ditado popular clássico e pertinente: "Deus ajuda quem cedo madruga".
Depender apenas da sorte, ou do azar da concorrência, é entrar numa loteria sem certeza de sucesso.
Os anunciantes precisam ter produtos e serviços competitivos e operar com eficiência, não esquecendo que a boa publicidade feita de forma constante e consistente é um dos fatores competitivos mais acessíveis e eficazes, como comprovado por inúmeras histórias de sucesso.
Confiar na inércia do mercado e parar de anunciar em momentos de dificuldade é um dos erros mais comuns e graves que os anunciantes cometem, pois a verdade é que a inércia trabalha contra.
As agências, por seu lado, precisam estar mais preparadas do que nunca e trabalhar como jamais o fizeram para atender adequadamente suas contas.
Deixar as coisas no “piloto automático” neste momento do mercado é condição insuficiente para operar e, principalmente, crescer.
Além disso é de grande relevância levar em conta que a situação presente demanda autoridade e coragem.
Agências mal preparadas e que só dizem sim a seus clientes estão com os seus dias contados, vão entrar na espiral descendente de cobrar sempre menos e oferecer ainda menos, tornando-se pouco competitivas.
Os veículos, por seu turno, não estão vivendo dias mais fáceis.
Além da força de suas marcas construídas no passado e da experiência acumulada na produção e operação de seu meio específico, têm pela frente o grande desafio de se tornarem multimídia, agregando todo o espectro digital ao meio que dominam, tornando a experiência mais rica e produtiva para seus consumidores [leitores, ouvintes, espectadores] e a paleta publicitária disponibilizada aos anunciantes mais ampla, flexível e produtiva.
Todas essas três partes – com a ajuda de especialistas e produtores a serem agregados a cada campanha – têm que leva em consideração que os projetos com maior chance de sucesso, hoje e no futuro, são aqueles pensados, estruturados e executados de forma colaborativa, integrada e a diversas mãos.
“Uma andorinha só não faz verão”, outro provérbio popular, é hoje mais verdadeiro do que nunca.
Temos que somar esforços, de forma respeitosa e produtiva, para assegurar que o dever de casa seja bem feito e a sorte tenha condições de florescer.
*Artigo - reprodução do jornal "O Popular" - Goiânia (GO)
Rafael Sampaio – Autor e consultor em marketing e propaganda