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Após vazamento de dados, Facebook sofre cerco político e econômico

Por Marcelo Justo 21 Março 2018 Publicado em Tecnologia
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Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa Reprodução

O Facebook, a rede social utilizada por 2 bilhões de indivíduos que mudou a forma de as pessoas se relacionarem entre elas e com a política, sofre um cerco em várias frentes desde que foi revelado, há quatro dias, que a consultoria política Cambridge Analytica, que participou das campanhas de Donald Trump e do Brexit, teve acesso ilegal aos dados de 50 milhões de seus usuários.


Em dois dias, a companhia, que figura entre as dez maiores empresas de tecnologia do mundo, perdeu US$ 50 bilhões, 9,15% do seu valor de mercado.


Ontem, a imprensa americana revelou que a Comissão Federal de Comércio dos EUA decidiu investigar o caso, enquanto os Parlamentos Europeu e britânico e o Congresso americano cobraram explicações do fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg.


As reações foram motivadas por reportagens publicadas no sábado pelos jornais “New York Times” e “Guardian”, que mostraram a amplitude do uso ilegal de dados pela Cambridge Analytica.


Numa reação que muitos consideraram tardia, o Facebook baniu a consultoria, proibindo que mantenha páginas ou publique anúncios na rede social.


No Reino Unido, Elizabeth Denham, a chefe da Comissão de Informação, órgão regulador do direito à informação, anunciou que busca um mandado para coletar informações nos escritórios da Cambridge Analytica.


A comissão poderá punir o Facebook em até 20 milhões de euros ou em 4% de seus negócios globais quandoas novas regras da União Europeia de proteção de dados entrarem em vigor, em maio.


A Comissão de Dados da Irlanda, também um órgão regulador, também anunciou que vai examinar como o Facebook supervisiona aplicativos de parceiros que funcionam dentro da rede social — os dados dos 50 milhões de usuários foram vendidos à Cambridge Analytica por um psicólogo da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan, que mantinha um aplicativo na rede social em que pedia acesso às informações do usuários para traçar um perfil da sua personalidade.


Com os dados em mãos, a Cambridge Analytica podia traçar a estratégia de campanhas, dentro e fora da rede, voltadas a grupos específicos de eleitores.


Sob as novas regras do bloco que apertam o controle sobre o uso de dados privados por empresas, as operações europeias do Facebook serão supervisionadas pela Comissão de Dados irlandesa.


Fontes indicam que a FTC já avalia se a rede social descumpriu um acordo de 2011, quando se comprometeu a não repassar dados de usuários sem seu consentimento expresso.


Segundo o “Washington Post”, se a FTC determinar que o repasse dos dados à Cambridge Analytica foge do que havia sido pactuado, a empresa poderá sofrer uma pesada multa de US$ 40 mil (R$ 132 mil) por cada violação. Não há prazo para análise, mas este tipo de investigação costuma terminar em menos de um ano.


Com isso, as ações do Facebook caíram 2,6% (após um baque de 6,72% na segunda-feira). Somadas as perdas, a desvalorização chega a US$ 50 bilhões — R$ 165 bilhões, valor superior, por exemplo, ao total das ações do Banco Santander no Brasil.


Com os números, Zuckerberg é a pessoa que mais perdeu dinheiro no mundo em dois dias: US$ 9 bilhões. As ações do Twitter e do SnapChat também caíram em 2,5% e 10%.


Também nos Estados Unidos, o procurador-geral do estado de Nova York, Eric Schneiderman, disse que ele e o procurador-geral de Massachusetts haviam escrito para o Facebook com pedidos de explicações.


"Os consumidores têm o direito de saber como sua informação é usada, e companhias como o Facebook têm a responsabilidade fundamental de proteger a informação pessoal dos seus usuários", disse.


Fonte: O Globo (com adaptações)

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