Goiás passa a ser o segundo maior produtor de pequi do paÃs; veja cidades destaques
Seja no almoço em família, nos restaurantes mais tradicionais ou mesmo para aquelas receitas típicas de “Goiás”, o pequi, nativo do estado, conseguiu se entrelaçar com a história goiana. Tão é verdade que a produção do fruto em Goiás passou, em 2023, a ser a segunda maior do país, conforme dados do IBGE.
Com uma extração de 3,7 mil toneladas no ano passado, o estado ficou atrás apenas de Minas Gerais, que registrou 39, 6 mil toneladas.
Em Goiás, os municípios que carregam nas costas a honra e responsabilidade de terem as maiores produções foram Sítio d’Abadia (989 toneladas), Damianópolis (599 toneladas), Mambaí (385 toneladas), Santa Terezinha de Goiás (380 toneladas), Campos Verdes (170 toneladas) e Crixás (150 toneladas).
O fruto também vem em muitos nomes: amêndoa-de-espinho, piquiá, piquiá-bravo, pequerim, grão-de-cavalo e suari. Seja a nomenclatura qual for, é inegável a importância do pequi para Goiás.
Tanto é que o pequi do estado foi declarado patrimônio natural, ambiental e cultural do Brasil. Não é à toa que, no texto da proposta, de autoria da deputada Flávia Morais (PDT-GO), as palavras escolhidas tenham sido claras quanto ao valor que o alimento carrega: “O pequi simboliza não só história de Goiás, mas a história da cozinha do Brasil”
Portal 6
Emater Comercializa Hastes De Pequi Com E Sem Espinhos Para Viveiristas
O objetivo é reproduzir as plantas selecionadas e disponibilizar para o mercado mudas com qualidade genética
Com o objetivo de contribuir com a reprodução de mudas de pequi com e sem espinhos para atender a demanda do mercado, a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) vai comercializar hastes com gemas para exertia de cinco cultivares para viveiristas.
Os interessados devem manifestar interesse no período de 28 de fevereiro a 8 de março por meio do formulário disponível no site da Agência, clicando aqui: https://docs.
Para adquirir as hastes, os viveiristas devem estar cadastrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM) do Ministério da Agricultura e Pecuária, possuir mudas aptas para enxertia e estarem interessados em formar um jardim clonal para comercialização.
As cultivares de pequizeiro disponíveis foram desenvolvidas pela Emater em parceria com a Embrapa Cerrados, sendo as sem espinhos (GOBRS 102 e GOBRS 103) e com espinhos (GOBRS 201, GOBRS 202 e GOBRS 203).
As hastes para enxertia serão comercializadas com base no número de gemas, pelo preço de R$ 2,00 cada, sendo as embalagens (caixas de isopor com comprimento interno mínimo de 50 cm e panos de algodão umedecidos) por conta dos solicitantes.
Cada viveirista poderá adquirir até 100 gemas de cada cultivar, sendo a oferta limitada ao estoque disponível e condicionada ao envio de manifestação de interesse.
Após envio dos documentos, os viveiristas aptos à aquisição das hastes serão comunicados para os trâmites de pagamento. A retirada das hastes será realizada após a confirmação do pagamento e ocorrerá no período de 11 a 29 de março, mediante agendamento prévio de no mínimo 3 dias.
O agendamento deverá ser feito através do e-mail Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
A Emater e a Embrapa Cerrados poderão revogar a presente oferta por interesse público, antes da entrega das hastes e declará-lo nula por motivo de força maior, caso seja constatada qualquer ilegalidade ou não conformidade. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
Emater Goiás
Emater irá comercializar 6 mil mudas de pequi sem espinho
A partir de setembro deste ano, seis mil mudas de pequi sem espinho serão comercializadas para o público geral. A projeção é feita pelo cronograma de produção da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).
A iniciativa faz parte do programa de pesquisa desenvolvido pela instituição, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Cerrados (Embrapa Cerrados), lançado em novembro do ano passado, que resultou em seis variedades de pequi, sendo três com espinhos e três sem espinhos nos caroços.
Essas seis variedades, registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária, são resultado de 25 anos de pesquisa realizada em parceria entre as instituições para atender uma demanda dos produtores rurais.
A novidade foi apresentada foi um dos destaques da Tecnoshow 2023, que ocorreu do dia 27 ao dia 31 de março em Rio Verde.
As mudas de pequi sem espinho foram comercializadas com viveiristas goianos – para que seus jardins clonais pudessem ser estruturados – e para agricultores familiares do Estado.
“Após a conclusão dessa importante pesquisa estamos focando na produção de novas mudas. Depois de atender aos agricultores familiares na primeira entrega, grupo prioritário da Emater, estamos trabalhando para acolher essa demanda da sociedade que se interessou pelo cultivo do fruto”, explica Pedro Leonardo Rezende, presidente da Agência Goiana.
Comércio
De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, Ailton Pereira, destacou que as mudas serão comercializadas separadamente, não em kits com as seis cultivares.
Também foram disponibilizadas na Biblioteca Virtual da Emater cartilhas orientativas sobre o pequi.
Interessados em adquirir as mudas devem entrar no site da Emater, clicar em “Aquisição de Mudas de Pequi” e realizar o cadastro, informando o número de plantas que pretendem criar.
Técnicos da Emater e entrarão em contato quando as mudas estiverem prontas para efetuar a comercialização e o agendamento do dia e horário para retirada. A venda será aberta a qualquer pessoa interessada, sem critérios específicos. Dúvidas e mais informações podem ser esclarecidas no site da Emater ou pelo telefone (62) 3201-3207.
FONTE: JORNAL SOMOS
Pequi sem espinhos é destaque da Tecnoshow 2023
Na Tecnoshow 2023, um dos destaques é o pequi sem espinhos lançado pela Emater em parceria com a Embrapa.
O pequi sem espinhos foi lançado em 2022, após 20 anos de pesquisa, em parceria com a Embrapa Cerrados, os visitantes da feira podem conferir a novidade no estande da Emater no CTC (Centro Tecnológico Comigo) voltado para a área de experimentos agrícolas.
No estande, também acontecem demonstrações de horta suspensa e iniciativas de fruticultura.
Também serão apresentados resultados das pesquisas públicas que a Emater realiza, além de atendimentos técnicos aos participantes.
“A Emater está presente na Tecnoshow desde sua primeira edição por reconhecer a importância desta feira para a agricultura nacional.
Esta é uma oportunidade ímpar de aproximação junto ao produtor, para garantia da difusão tecnológica e consequente inclusão produtiva”, destaca o presidente da Emater Pedro Leonardo Rezende.
Desde a última edição da Tecnoshow Comigo, o Governo de Goiás e a Prefeitura de Rio Verde formalizaram parceria e estão juntos na mesma estrutura na feira.
A Emater e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) realizarão palestras ao longo da feira no miniauditório do estade do Governo de Goiás.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Rio Verde, Paulo Martins, destaca a relevância dessa participação conjunta.
“Afina as relações, as conversas e possibilita mostrar o que o Estado tem feito e também o que o município faz em relação ao acesso às linhas de crédito, assistência técnica, extensão rural.
Então, a presença do Estado é a oportunidade de levar as políticas públicas para o público-alvo do evento, que são os produtores rurais”, finalizou.
Confira a agenda da Seapa e parceiros durante a Tecnoshow Comigo:
Terça-feira (28/03)
- 10 às 11 horas - Palestra “Utilização de raças zebuínas e cruzamentos para a produção de leite e carne”, com Ana Kassia Oliveira/Emater (Miniauditório/Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
- 11 horas – Lançamento da Interleite Brasil 2023 (Estande Sistema Faeg/Senar/Sebrae Goiás)
- 14 às 16 horas – Reunião com prefeitos e lideranças regionais (Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
- 14 às 17 horas – Palestras sobre crédito rural (Estande Sistema Faeg/Senar/Sebrae Goiás)
- 14 às 17 horas – Reunião com presidentes de sindicatos rurais e representantes de municípios sobre Regularização e Crédito Fundiário (Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
- 15 às 16 horas - Apresentação de cases sobre Ambientes de Inovação de Goiás – Secti (Miniauditório/Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
16 às 17 horas — Palestra sobre “Projeto de Fruticultura Irrigada no Vão do Paranã” (Miniauditório/Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
Quarta-feira (29/3)
- 10 às 12 horas – Palestras sobre crédito rural (Estande Sistema Faeg/Senar/Sebrae Goiás)
- 14 às 16 horas – Reunião com prefeitos e lideranças regionais (Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
- 14 às 17 horas – Palestras sobre crédito rural (Estande Sistema Faeg/Senar/Sebrae Goiás)
- 14 às 17 horas – Reunião com presidentes de sindicatos rurais e representantes de municípios sobre Regularização e Crédito Fundiário (Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
- 15 às 16 horas – Tendências no cenário global dos ecossistemas de inovação – Secti (Miniauditório/Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
Quinta-feira (30/3)
- 10 às 12 horas – Palestras sobre crédito rural (Estande Sicoob)
- 10h30 às 12 horas – Roda de conversa sobre bioinsumos, com representantes de Seapa, Aprosoja, Embrapa, IF Goiano, IGA, GAAS e Senar Goiás (Estande Aprosoja)
- 12 às 13 horas – Atendimentos a cooperados e gerentes (Estande Sicoob)
- 14 às 16 horas – Palestras sobre crédito rural (Estande Sicred)
- 16 às 17 horas – Atendimentos a cooperados e gerentes (Estande Sicred)
- 14 às 15 horas – Reunião do Conselho de Meio Ambiente de Rio Verde (Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
- 15 às 16 horas – Cenários da Agricultura Digital no Brasil – Secti (Miniauditório/Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)
Sexta-feira (31/3)
- 09 às 12 horas – Reunião CDE/FCO (Auditório 1 do CTC)
- 10 às 11 horas – Palestra “Principais nematoides das culturas de soja e milho” – Secti (Miniauditório/Estande Governo de Goiás/Prefeitura de Rio Verde)Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás
FONTE: JORNAL SOMOS
Goiás só produz um terço do pequi que consome
A safra de pequi movimenta a Centrais de Abastecimento de Goiás S/A (Ceasa), gerando cerca de 1 mil empregos só dentro do entreposto, que fica ás margens da BR-060, em Goiânia. A expectativa é de que a safra deste ano movimente mais de R$ 10 milhões. Com isto, vai superar a de 2021, quando foram comercializadas 7,191 toneladas do produto por R$ 9,996 milhões. Só neste ano, desde setembro, com a chegada dos primeiros frutos do Tocantins, já foram 2 toneladas e R$ 2,583 milhões comercializados.
Goiás é o segundo maior produtor de pequi do País, atrás de Minas Gerais. Mas a Ceasa de Goiás é a maior vendedora do produto no Brasil e comercializa bem mais do que é extraído no Estado. Das 7,1 toneladas de 2021, apenas 2 toneladas têm origem goiana. O que evidencia também que Goiás tem o maior consumo.
A remessa do Tocantins representa cerca de 30% de tudo que entra do produto no entreposto goiano. Em meados de outubro, chegam as primeiras cargas do Norte Goiano, de cidades como Porangatu, Crixás e Santa Tereza. O de Minas chega no mês de janeiro e é responsável pelas vendas até janeiro.
Com menos expressividade, o pequi matogrossense pode ser encontrado no mercado em meados do mês de novembro. Já o fruto originário do Noroeste Goiano, às margens do Rio Araguaia, é considerado o “filé mignon” dos pequis na Ceasa. Porque apresenta caroços maiores, mais ricos em polpa e sabor. Quando a produção de São Miguel do Araguaia chega à Ceasa e às feiras, apresenta preço mais elevado, por representar o que de melhor se produz em relação ao fruto.
Festa do Pequi
Para comemorar a liderança nas vendas e no consumo do produto, a Ceasa Goiás realiza nesta terça-feira (29/11), a partir das 9 horas, a segunda edição da Festa do Pequi. Para o presidente do órgão, Jadir Lopes de Oliveira, a festa deve se consolidar como mais do que um evento da empresa, mas como uma iniciativa para os goianos.
“Podemos até não produzir em Goiás todo o pequi que chega à Ceasa. Porém, o mais importante é que nós comercializamos mais do que qualquer central e aqui recebemos o supra sumo do fruto do país”, diz.
Empreender em Goiás
Extração de pequi cresce 8,1% em Goiás
Pequi sem espinhos pode virar realidade em Goiás com pesquisas da Embrapa e Emater
Após 25 anos de pesquisa, seis variações de pequi foram selecionadas pelos Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) para iniciar a comercialização do fruto. E entre elas, 03 tipos são as que chamam a atenção por não possuírem espinhos, que é uma das característica criticadas normalmente pelos que tentarem comer o fruto e não tiveram boas experiências.
Há quase um ano, no ínicio de setembro do ano passado, a Emater já havia divulgado parte da pesquisa, mas que ainda não estava finalizada e nem aprovada para possível distribuição e comercialização. Agora, de acordo com a Emater, das seis variações, cada uma possui características especiais. Uma é mais adequada para extração de polpa, outra para amêndoa, por exemplo. Além disso, há também uma variação que, por conta do tamanho, pode ser melhor aproveitada por restaurantes.
“A polpa é solta, muito fácil da gente retirar pra gente fazer conserva. O caroço é liso, então a polpa é aproveitável. O sabor é suave, todo mundo que come acha muito bom”, explicou Elainy ao portal G1.
Atualmente Goiânia e Anápolis, têm mais de 1,6 mil pés da planta em suas estações experimentais. Obedecento o processo de plantio a previsão, segundo as enteidades, é que em novembro sejam vendidas as primeiras mudas do pequi aprimorado, mas só após 4 anos elas deem frutos. Cada muda deverá ser vendida por R$ 30,00, valor estimado.
O registro dos frutos foi feito junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em abril deste ano.
(Com informações do G1)
Goianos poderão comer pequi sem espinhos em até um ano e meio
Uma pesquisa realizada há mais de 20 anos está prestes a entregar aos produtores um tipo de pequi sem espinhos. O fruto é tradicional na culinária goiana e, segundo a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), responsável pela pesquisa, uma variedade sem os famosos espinhos deve chegar aos goianos em até um ano e meio.
Segundo a Emater, a pesquisa é feita em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e já dura duas décadas. O trabalho abrange a seleção e clonagem de diversas variedades do fruto do pequizeiro, no intuito de aperfeiçoá-lo. As plantas ficam no banco de germoplasma de pequi da Emater, o maior do mundo, localizado na Estação Experimental Nativas do Cerrado, em Goiânia.
Mais de mil pés da nova variedade já são cultivados em Goiânia, cujo fruto é exatamente como o conhecido pequi: mas só que sem o espinhos que demandam cuidado na hora de consumi-lo. De acordo com o diretor de pesquisa agropecuária, João Osmar Junior, o próximo passo agora é o registro da variadade junto ao Ministério da Agricultura para, depois, ocorrer a distribuição ao produtor. Após isso, os goianos devem passar a contar a opção de comprar um pequi que não tem espinhos.
“Estamos a caminho do registro de todo esse processo, de quase 20 anos de pesquisa. Estamos com esse resultado em mãos e prontos para fazer esse registro no Ministerio da Agricultura. Esperamos no máximo, um ano , um ano e meio, pequi registrado e fazer uma entrega ao produtor”, disse, a um veículo local.
Fonte: Mais Goiás
O objetivo que é ofertar qualidade ao produtor rural. O pequi é uma das opções para gerar renda e sustentabilidade entre as famílias rurais.
Representantes da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) unidade Cerrados firmaram, nesta sexta-feira (13), a intenção de formalização de um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento de pesquisas com variedades de pequi. O intuito é disponibilizar materiais selecionados e com alto padrão genético no mercado, beneficiando agricultores familiares, extrativistas e todos os envolvidos na cadeia produtiva do fruto em Goiás.
Durante a reunião, foram discutidos os avanços já conquistados até aqui, as estratégias de estruturação dos resultados e o cronograma de execução do plano de trabalho. A pesquisa, coordenada pela pesquisadora da Emater, Elainy Botelho, compreende a seleção e clonagem de plantas que apresentam maior qualidade produtiva, inclusive a variedade sem espinhos. Todas elas estão reunidas na Estação Experimental Nativas do Cerrado, em Goiânia, onde fica o maior banco de germoplasma de pequi do mundo.
A equipe da Embrapa visitou a unidade e também esteve na Estação Experimental de Anápolis, local em que foi instalado, em 2016, o segundo banco de germoplasma de pequi da Emater. O espaço abriga 55 clones de pequi oriundos de plantas do banco de germoplasma em Goiânia e 200 pés-francos, ou seja, árvores provenientes de mudas obtidas a partir do enraizamento direto da estaca produtora, funcionando como um laboratório inédito de validação de cultivares de pequi.
Fomento à parceria
Para o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, o acordo que será formalizado é um marco nas mais de três décadas de parceria entre as duas instituições, que tanto fomentam a pesquisa pública no Estado de Goiás e no Brasil. “Temos uma possibilidade muito maior de vencer os entraves juntos. A pesquisa pública tem padecido no nosso País, e se temos condições de juntar esforços para fortalecê-la, isso é fantástico”, diz. Além disso, a liderança atenta para a determinação do governador Ronaldo Caiado de impulsionar as cadeias produtivas da agricultura familiar, sendo a do pequi uma cadeia “extremamente promissora”.
O diretor de Pesquisa Agropecuária da instituição, João Asmar Júnior, acrescenta que a cooperação com a Embrapa é fundamental para a produção de pequi com qualidade e sanidade, oferecendo uma oportunidade viável ao agricultor familiar. “A missão da pesquisa da Emater é fazer com que seus resultados levem ao pequeno produtor alternativas para sua sobrevivência. O pequi é uma dessas opções para gerar renda e sustentabilidade entre as famílias rurais”, afirma.
Parceira de décadas da Emater no desenvolvimento da pesquisa agropecuária pública, a Embrapa anda ao lado da agência, tendo participação efetiva em todas as atividades, oferecendo capital intelectual para a execução das ações de propagação da fruteira, de acordo com o pesquisador da entidade, Ailton Pereira, que já trabalha com a seleção e clonagem da espécie ao lado de Elainy Botelho. Segundo os cientistas, os impactos esperados alcançam a esfera ambiental, com a recuperação de áreas degradadas, recomposição de reserva legal e coleta e conservação de germoplasma; socioeconômico, com ampliação da base alimentar da população e geração de emprego e renda; e científico, com aumento do conhecimento a respeito das espécies frutíferas do Cerrado.
“Aqui tem uma história muito bonita, de décadas de trabalho. Você vê culminando em estarmos muito próximos de entregar para a sociedade o produto desses anos todos de pesquisa. Isso emociona a gente”, declara o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Gelape Faleiro.
“Vamos fazer uma força-tarefa para chegar ao objetivo que é ofertar qualidade ao produtor rural. Nossas dificuldades já foram mapeadas e agora vamos somar forças para superá-las. Hoje estamos fazendo um laço indissociável, é um momento muito especial”, inclui o chefe geral da unidade, Sebastião Pedro da Silva. O próximo passo é aprovar junto à instituição o plano de trabalho apresentado durante a reunião, que já foi validado pelos dirigentes da Emater.
Estiveram no encontro o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, o diretor de Pesquisa Agropecuária, João Asmar, a diretora de Gestão Integrada, Maria José Del Peloso, a gerente de Pesquisa Agropecuária, Cláudia Pimenta, a pesquisadora, Elainy Botelho, o gerente da Estação Experimental Nativas do Cerrado, Marcos Alves, o gerente da Estação Experimental de Anápolis, Marcos Coelho, e o pesquisador da mesma estação, Sidney Cunha. Pela Embrapa, o chefe geral, Sebastião Pedro da Silva, o chefe de Transferência de Tecnologia, Fábio Faleiro, e o pesquisador, Ailton Pereira.
Compromisso com o agricultor familiar
Segundo a cientista Elainy Botelho, coordenadora do banco de germoplasma de pequi em Goiânia, a procura por plantas originárias do Cerrado tem crescido nos últimos anos em decorrência das exigências legais para readequação ambiental das propriedades e da possibilidade de complementação de renda. O empenho da Emater é atender essa demanda, com produção e disponibilização de mudas que obedeçam a critérios específicos quanto à produtividade, resistência a pragas e doenças, espessura e coloração da polpa.
Essas são características primordiais para agricultores familiares e coletadores que dependem do fruto para a sobrevivência. A avaliação é um dos pilares do trabalho desenvolvido nas unidades de armazenamento de germoplasma, que também viabilizam outras análises que têm sido desempenhadas pela Emater, como a investigação da quebra de dormência de sementes de pequi, posição de semeadura da espécie e adubação adequada para mudas em tubetes e em sacos plásticos.
Goiás hoje encontra-se na terceira colocação entre os Estados com maior volume de produção de pequi do País. A Radiografia do Agro, publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), aponta que a safra de 2019 foi de mais de duas mil toneladas, com valor da produção na extração vegetal estimada em R$ 3 milhões. O Estado conta com 433 estabelecimentos agropecuários produtores espalhados em 56 municípios e um mercado consumidor que adquiriu mais de seis mil toneladas de pequi naquele período.
Fonte: Portal Goiás
João Matheus Balduíno, de 19 anos, é um jovem cientista, aluno concluinte do Colégio Objetivo Juazeiro do Norte (CE). Sua paixão pela ciência e pesquisa o fez ir a fundo em um projeto sustentável de biopesticida que combate formigas cortadeiras em plantações, feito com restos de pequi, fruto típico do cerrado.
Na década de 1970, o pesquisador e entomologista Domingos Gallo levantou números impressionantes sobre o impacto das saúvas na atividade agropecuária. Estudioso das formigas cortadeiras, ele chegou à conclusão de que dez sauveiros por hectare da espécie Atta capiguara são capazes de se alimentar de 21 kg de capim por dia. O valor é equivalente ao consumo diário de um boi em regime de pasto. Considerando que sauveiros maduros (com até cinco anos), têm entre 3,5 e 7 milhões de indivíduos fica fácil enxergar o tamanho do problema.
O Projeto Biopequi, elaborado pelo estudante com orientação da professora Lilian Duarte, beneficiará produtores da região do Cariri. A ideia é produzir a substância em massa e distribuí-la gratuitamente. “Quero ajudar os pequenos agricultores. A agricultura é a fonte de renda dessas famílias e as formigas cortadeiras podem fazer grandes estragos nas hortas. O produto é fabricado com a casca do pequi, uma matéria-prima de baixo custo e fácil produção”, explica Matheus.
Ele conta que, em 2019, iniciou as pesquisas sobre o fruto e suas propriedades e, no laboratório do colégio, começou a colocar em prática os experimentos. “Fizemos também entrevistas com profissionais da área ambiental para saber os danos que os pesticidas poderiam causar ao solo, às plantas e ao meio ambiente”, conta.
O sonho de João Matheus sempre foi ampliar fronteiras e beneficiar agricultores de todo o país. Com o objetivo de arrecadar fundos e investir no produto, João Matheus e a professora Lilian foram um dos destaques do The Wall, quadro do Caldeirão do Huck, na Rede Globo. O programa busca pessoas com projetos capazes de mudar a realidade local e, em um jogo de perguntas e respostas, distribui prêmios em dinheiro. Assista à participação do aluno acessando globo.com.
“Vejo o The Wall como uma forma de fazer meu projeto crescer e alcançar outras famílias e outras regiões. Não se restringir ao Ceará.”

Pequi: típica do cerrado brasileiro
Pequi é uma fruta típica do cerrado brasileiro, muito utilizada na culinária das regiões Nordeste e Centro-Oeste e também no Norte de Minas Gerais. O nome pequi significa “pele espinhenta” e se deve à característica do seu caroço, que é cheio de espinhos. Ele é um fruto do tamanho de uma maçã com a casca verde, mas no seu interior há uma semente revestida por uma polpa amarela e macia, que é a parte comestível desse alimento.
Fonte: Compre Rural
Enquete Eldorado
Você já baixou o aplicativo da Rádio Eldorado?
Total de votos: 4

































