Novas medidas de controle do acesso e da comunicação nas unidades do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia começaram a ser implantadas nesta quinta-feira (19/06).
O superintendente executivo da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-GO), coronel Edson Costa de Araújo, passou a manhã de ontem reunido com servidores e diretores da unidades prisionais para deliberar sobre o que pode ser feito de maneira imediata.
Segundo ele, metas e prazos vão ser estipulados para inibir toda e qualquer forma de regalia que possa estar beneficiando os detentos.
Edson Costa e o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, estão oficialmente à frente das ações da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) desde a manhã de quarta-feira. Ambos foram nomeados interinamente para substituírem o ex-secretário da pasta, Edemundo Dias, e o ex-superintendente executivo, Antônio Carlos de Lima. Estes dois foram exonerados na segunda-feira após repercussão de reportagem do programa Fantástico da Rede Globo, que denunciou regalias usufruídas pelos presos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG).
Por ora, as ações serão desenvolvidas manualmente, sem o auxílio de equipamentos eletrônicos. Edson Araújo pontuou que duas das questões mais graves é a presença de aparelhos celulares no presídio, que facilita a comunicação dos presos com o lado externo, e o tráfico de drogas dentro da cadeia. Para conter por completo a primeira, seria necessário a ajuda de bloqueadores de sinal telefônico. Os equipamentos já foram adquiridos pelo Estado no passado, mas apresentaram falhas. Segundo Edson Araújo, um novo equipamento que resolveria o problema já está em fase de aquisição e esta é uma das prioridades do governo hoje.
Enquanto novos bloqueadores não chegam, os diretores e agentes prisionais vão desenvolver buscas e operações de vigilância para dificultar a entrada e permanência de telefones dentro da penitenciária. No caso das drogas, Edson Araújo informa que o acesso de visitantes e a vistoria deles será mais rigorosa, a partir de então. Da mesma forma, sem muitos equipamentos de detector de metais e de Raio-x, tudo será feito manualmente.
Troca
Diante da repercussão da reportagem do Fantástico e da ação imediata do governo, ao exonerar o chefe da Sapejus, muito se falou sobre a possibilidade de troca dos diretores das unidades prisionais. Questionados sobre isso, o coronel Edson Araújo disse apenas que ele e o secretário Joaquim Mesquita têm uma forma de trabalhar baseada no cumprimento de metas e regras que serão cobradas a partir de agora. “Temos confiança de que a equipe tem condições de dar resposta, mas o prazo é imediato. Já estamos com metas a serem cumpridas a partir de hoje”, anuncia ele, que vai acompanhar de perto a implementação de todas as medidas.
Fonte: O Popular